Tragédia na Moamba choca Moçambique

200 mortos e mais de 150 feridos é o resultado do maior acidente ferroviário de Moçambique. Uma verdadeira tragédia humana que se registou no último fim de semana no distrito da Moamba, província de Maputo. Duas carruagens de passageiros colidiram com um vagão de mercadorias na estação de Tenga. Os corpos espalharam-se e outros ficaram sobre os escombros desfeitos e irreconhecíveis.

Os Bombeiros, a Policia e o pessoal de Saúde com os poucos meios à disposição lançaram-se de imediato ao trabalho de socorro. Surpreendentemente houve quem sobreviveu intacto ao acidente. A maior parte dos passageiros eram mulheres vendedoras e crianças. (TVM, 25/05/02)

CFM compensam famílias e abrem inquérito

Os Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) afirmam que o acidente da Moamba resulta de um erro humano. A empresa já abriu uma comissão de inquérito para averiguar com detalhe as causas e atribuírem-se responsabilidades pela tragédia.

O comboio misto de passageiros e mercadoria dos CFM partiu de Ressano Garcia em direcção a Maputo. A 5 km da estação de Tenga, no Posto administrativo de Pessene, o maquinista decidiu separar e avançar com os vagões de cimento para a estação.

4 carruagens de passageiros ficaram para trás à espera de serem recolhidas. Mas porque estavam numa zona de forte inclinação entraram em movimento e a uma velocidade tal colidiram com os vagões.

A solidariedade chegou de todos os lados. ONGs, ministros, vice-ministros acompanhavam de perto a remoção dos corpos. Afonso Dhlakama também foi dar o seu apoio. Este é o mais grave acidente ferroviário registado na história dos CFM. O último ocorreu em 1990 e causou 106 mortos. (TVM, 25/05/02)

Governo cria Comissão de Inquérito

O Governo não encontra explicação para o que aconteceu no último sábado, na estação de Tenga, no distrito da Moamba. Um acidente que matou 200 pessoas que viajavam no comboio número 110 que partiu de Ressano Garcia com destino a Maputo.

Os resultados preliminares do inquérito do acidente vão ser divulgados esta semana. Para o Governo não bastam as evidências do acidente, é necessário considerar todos os antecedentes. O Primeiro Ministro, Pascoal Mocumbi, garante que vão ser aplicado o preceituado na legislação sobre compensações. (TVM, 30/5/02)

Nações Unidas premeiam Moçambique

Moçambique ficou em terceiro lugar no concurso de aquisição de uma parte do fundo global, criado pelas Nações Unidas para o combate de doenças como a SIDA, tuberculose e malária. O fundo é de 10 biliões de USD e constitui um mecanismo de financiamento adicional às iniciativas em curso nos vários países.

Por outro lado, o Conselho Nacional de Combate à SIDA está a preparar uma estratégia para a comunicação social. Tal deverá sirvir de guia de referência para trabalhos sobre o HIV/SIDA. A organização defende que a comunicação social é primordial para a disseminação da informação entre os vários sectores da sociedade. (TVM, 31/5/02)

Dia Mundial da Criança

Segundo a UNICEF, 800 mil crianças moçambicanas estão submetidas ao trabalho infantil. A propósito do dia 1 de Junho, o Governo moçambicano comprometeu-se a criar condições para que as crianças troquem o trabalho por um lugar na escola.

"Não à violência contra menores", foi este o lema escolhido para as celebrações do Dia Internacional da Criança. Um dia para reflectir sobre os problemas que afectam as crianças no mundo.

Para o Governo moçambicano, as estatísticas das Nações Unidas chamam a atenção das autoridades para um maior envolvimento na protecção da criança. Em Maputo, as cerimónias centrais tiveram lugar na praça dos Heróis Moçambicanos. (TVM, 01/06/02)

Dia Mundial contra o Tabaco

A OMS acredita que o número de doentes por causa do consumo do cigarro poderá aumentar nos próximos anos, particularmente nos países pobres cujos Governos incentivam a produção e a comercialização do tabaco como factor dinamizador de desenvolvimento.

Moçambique não tem estudos sobre a matéria mas dados do Departamento de Saúde Mental, consideram que no país o exército de fumadores tem vindo a crescer nos últimos tempos afectando principalmente adolescentes com idades inferiores a 15 anos.

Actualmente esta instituição está trabalhar num ante-projecto de lei anti-tabaco em Moçambique. Uma legislação que pretende acima de tudo restringir o acesso do tabaco às crianças e conter o seu consumo em locais colectivos. (TVM, 31/5/02)

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