Moçambique on-line


Notícias do dia 2 de Setembro 2000

Maurícias apostam na cooperação com Moçambique

As autoridades das Maurícias manifestaram ontem o seu desejo de ver fortalecida a cooperação com Moçambique, com base numa carteira de projectos actualmente estimada em 23 planos de cooperação, alguns em execução e outros por implementar nas províncias de Maputo e Sofala, cujo investimento global ronda os 156 milhões USD. Do conjunto dos projectos figuram a exploração de algumas unidades tais como a Companhia Industrial da Matola, a Steel Sabawes, a União Comercial de Bancos, entre outros, cujo investimento foi recentemente aprovado pelo Governo moçambicano.

Segundo o Alto-Comissário das Maurícias em Moçambique, Raj Virahswmy, que falava no acto da apresentação das instalações da embaixada daquele país em Maputo, são áreas prioritários para a cooperação bilateral a agricultura, turismo, transportes, indústria têxtil, assistência social, bem como a implantação de projectos habitacionais em zonas afectadas pelas cheias. (Notícias, 02/09/00)

Vítimas das cheias vão receber sementes

O Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER) vai arrancar dentro das próximas semanas com o processo de distribuição de sementes e utensílios agrícolas às famílias camponesas afectadas pelas recentes calamidades naturais. Esta informação foi revelada por Sérgio Gouveia, Director Nacional da Agricultura, à margem da cerimónia de lançamento da nova empresa de sementes a operar no país, a "Pannar Seed Lda Moçambique" uma filial da multinacional sul-africana "Pannar Seed, Ltd", cuja vocação é a investigação, produção, multiplicação e comercialização daqueles insumos agrícolas.

"Toda acção sobre aquele auxílio de emergência está a ser programada de modo a que até aos dias 25 e 30 de Setembro corrente, a semente e os utensílios agrícolas necessários para o arranque da campanha 2000/2001 estejam nas mãos dos camponeses necessitados em consequência das cheias". Para a materialização deste objectivo, o MADER conta com o apoio dos governos italiano, norueguês, francês, norte-americano entre outros parceiros que operam no país. Informações da comissão de emergência para a área da agricultura indicam que 186 420 famílias camponesas precisam de assistência em insumos agrícolas para o arranque da campanha 2000/2001. (Notícias, 02/09/00)

Subsídios aos ex-trabalhadores moçambicanos:
Alemanha só paga quem voltou depois de 1990

O Embaixador da Alemanha em Moçambique, Rolf Zirpel, clarificou ontem que os subsídios pagos pela representação do seu país em Maputo são destinados aos trabalhadores moçambicanos na Alemanha que regressaram ao país desde Janeiro de 1991 e que estão fora do contrato assumido entre os Governos de Moçambique e da extinta RDA, em 1979. Zirpel afirmou que os trabalhadores moçambicanos que estão agora a regressar da Alemanha, desde Janeiro de 1991, fizeram as suas contribuições fora do contrato assumido entre os Governos da ex-RDA e de Moçambique, e que essa é a razão por que estão neste momento a ser pagos pelo Governo alemão.

Entretanto, quanto aos antigos trabalhadores da ex-RDA, o embaixador alemão disse que, com estes, o assunto foi encerrado há dez anos quando o grupo regressou ao país, altura em que o Governo do seu país transferiu para Moçambique todo o dinheiro a que os trabalhadores moçambicanos tinham direito no quadro dos acordos de 1979. O que o Embaixador não sabe é se o Governo moçambicano pagou a todos os contemplados ou não.

Refira-se que com a queda do Muro de Berlim e a reunificação da Alemanha, em Outubro de 1990, mais de 16 mil moçambicanos então trabalhadores daquele país do leste europeu regressassem aos país. Condenados ao desemprego, e insatisfeitos com o subsídio aquando da sua chegada ao país, começaram a desencadear manifestações exigindo que lhes fosse pago todo o dinheiro a que julgam ter direito. (Notícias, 02/09/00)

Govuro: 3000 à beira da fome

No distrito de Govuro, no norte da província de Inhambane, cerca de 3000 pessoas acomodadas nos centros de reassentamento, erguidas depois das enxurradas e do ciclone que fustigaram aquela parte do país em Fevereiro e Março deste ano, estão praticamente sem comida. Desde Junho passado os centros não receberam nenhum apoio alimentar e as reservas esgotaram-se. Face a esta situação, muitos dos deslocados estão a regressar às suas zonas de origem, onde as condições de sobrevivência nem sempre são das melhores. (Rádio Moçambique, 01/09/00)

Conselho de Ministros discutiu Plano de Desenvolvimento de Angoche

A qualidade de vida no distrito de Angoche poderá conhecer uma melhorias até ao ano 2003, com a implementação do Plano de Desenvolvimento Distrital e de Estrutura do Município, ontem apresentado e debatido na 27a Sessão do Conselho de Ministros (C.M.), realizada naquela cidade da província de Nampula e orientada pelo Presidente Joaquim Chissano. O plano visa fundamentalmente revitalizar a actividade económica e social do distrito, com um enfoque particular para a sua sede.

Neste momento, o cenário que se vive na região é "desolador", com a erosão a ameaçar "engolir" o distrito, a actividade pesqueira estagnada e o desemprego a atingir taxas muito elevadas. Espera-se que com a execução deste plano, o distrito tenha estradas classificadas bem mantidas e que haja ligações com os distritos adjacentes e a capital da província. Hoje, Joaquim Chissano, que termina uma visita de trabalho de seis dias à província de Nampula, vai orientar em Angoche um comício popular, onde se espera que se tornem públicas algumas deliberações do Executivo produzidas na reunião de ontem. (Notícias, 02/09/00)

Notícias de ontem (1 de Setembro):

Maputo satisfeito com a sentença no caso-Adriano

Dhlakama confirma manifestações

Angoche acolhe hoje o Conselho de Ministros

Governador de Sofala suspende exportação de madeira


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