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Lurdes Mutola trouxe ouro para Moçambique
A corredora moçambicana Maria de Lurdes Mutola conquistou o primeiro ouro olímpico para Moçambique ao vencer de forma categórica, ontem em Sidney, a prova dos 800 metros femininos com o tempo de 1:56.15 minuto. Com este tempo Mutola superou as duas atletas europeias, Stephanie Graf, medalha de prata, e Kelly Holmes, medalha de bronze, cujos tempos foram 1:56.64 e 1:56.80 minuto respectivamente. Para além de ter ganho a medalha de ouro, Mutola melhorou significativamente as marcas que levava das provas de qualificação e obteve a melhor marca do ano.
Nas primeiras eliminatórias a "menina dourada" fez sucessivamente os tempos de 1:58.86 minuto e 1:59.88 minuto. A atleta austríaca Stephanie Graf, que era a grande preocupação de Lurdes, teve uma fase inicial bastante brilhante, com 1:57.56 e 1:58.39 minuto. Mutola tinha dito antes aos "media" que estava em Sidney para mostrar ao mundo que o bronze de Atlanta-96 foi um acidente de percurso. Ela disse, após a vitória, que estava particularmente satisfeita por ter ganho a medalha de ouro olímpica no dia das Forças Armadas de Moçambique e, por isso dedicou essa vitória ao povo deste país. (Notícias, 26/09/00, RM 25/09/00)
Chissano: "Resultados da reorganização das FADM são visíveis"
O Presidente da República, Joaquim Chissano, considerou ontem em Maputo que o processo de reorganização das Forças Armadas de Moçambique (FADM) já está a dar resultados concretos e indicou com exemplos a reabilitação de infra-estruturas militares, das quais se destaca a do hospital militar de Maputo. Chissano fez esta consideração após a deposição de uma coroa de flores no Monumento aos Heróis Moçambicanos em Maputo, nas suas funções de comandante-chefe das Forças de Defesa e Segurança, acto inserido nas comemorações do 36o aniversário da criação das FADM.
Para o Chefe de Estado, o 25 de Setembro de 2000 é um marco especial para o povo moçambicano, pois coincide com as festividades das "bodas de prata" da independência nacional, acto assinalado no passado dia 25 de Junho. Interrogado sobre a ausência da oposição neste acto, Joaquim Chissano respondeu que pode ser essa forma de luta mas que em nada muda o sentimento do povo moçambicano.
(Notícias, 26/09/00)
Preços de petróleo estimulam cultivo de algodão
O actual comportamento do preço do petróleo no mercado internacional, caracterizado por sucessivas subidas, poderá estimular, a partir da próxima campanha agrícola, a cultura de algodão no país, em particular na província de Nampula, porquanto o preço em vigor fixado pelo Governo para a sua compra e que tem sido contestado pelos produtores do sector familiar poderá conhecer algum incremento. É que a causa do insucesso registado na última campanha de algodão foi o baixo preço fixado pelo Executivo para a sua comercialização.
O Instituto de Algodão de Moçambique (IAM) em Nampula disse que o preço actual no mercado mundial de petróleo, fixado em mais de 37 USD por barril e com tendências de aumentar, não encoraja a aquisição de seus derivados para a transformação em fibras utilizadas nas indústrias têxteis, nos países considerados avançados. Consequentemente essas indústrias vão concentrar as suas atenções para o mercado de fibras de algodão que, presentemente, enfrenta uma crise acentuada por falta de colocação, o que vai resultar numa maior procura pelo sector têxtil internacional. As concessionárias existentes em Nampula estão atentas à evolução da procura da fibra de algodão, que vai estimular a prática da cultura, a partir da safra que se avizinha. (Notícias, 26/09/00)
Notícias de ontem (25 de Setembro): Ameaça de fome: Manica em emergência |
