Mulheres promovem marcha pela igualdade
Tem lugar hoje em Maputo uma marcha que reunirá milhares de mulheres e homens, num acto que visa reivindicar a igualdade de direitos na Lei de Família e penalização da violência doméstica. O acontecimento de Maputo, que marcará a última etapa da Conferência Nacional do Fórum Mulher sobre "Beijing+Cinco", a decorrer desde a passada 2a feira, terá início no Instituto das TDM, na avenida Kim Il Sung e vai terminar na Praça da Independência, onde será entregue ao Governo uma petição assinada por mais de 14 mil homens e mulheres, bem como uma declaração de princípios contra actos de violência doméstica em Moçambique.
Dado o carácter nacional da realização, outras marchas terão lugar nas outras partes no país. A manifestação de hoje está integrada na marcha Mundial das Mulheres que terá lugar de 15 a 17 de Outubro em Washington e Nova Iorque e que culminará com a entrega ao Secretário-Geral da ONU, Kofi Annan, e aos representantes do Banco Mundial e FMI, de reivindicações internacionais sobre a situação da mulher no mundo. (Notícias, 04/10/00)
Cloroquina "prescreve" no tratamento da malária
Especialistas do Ministério da Saúde, OMS e UNICEF estão reunidos, desde ontem, em Maputo, para rever a política nacional sobre o tratamento de malária. Durante três dias aqueles especialistas vão analisar as actuais normas e recomendar melhores formas de cura de paludismo no país. Entre 50% e 70% dos casos de malária em Moçambique são resistentes a cloroquina e estas percentagens levam à necessidade de rever a política nacional de medicamentos no programa de combate à malária.
A falência terapêutica da cloroquina fez com que alguns países africanos deixassem de usá-la como medicamento principal. A África do Sul, o Malawi e o Quénia, por exemplo, optaram por outras alternativas, tais como o fancidal, mas infelizmente não foram bem sucedidos e, portanto, o tratamento da malária volta a ser uma das grandes preocupações da OMS. (TVM, 03/10/00)
BVL admite obrigações de tesouro do BIM
Obrigações de tesouro do Banco Internacional de Moçambique (BIM) estão desde 2ª feira última admitidas para cotação na Bolsa de Valores de Moçambique (BVL), devendo iniciar a transacção a 10 de Outubro corrente. O Presidente do Conselho de Administração do BIM, Mário Machungo, disse ontem em Maputo que dos 81 mil milhões de meticais (MT) de obrigações de tesouro existentes mais de 40 mil milhões MT de emissões já foram adquiridas mas só na próxima semana é que serão transaccionadas.
Segundo Machungo esta emissão permite aos clientes do banco aplicar o dinheiro disponível num produto garantido pelo próprio banco a uma taxa de juro muito atraente e que para o primeiro cupão foi fixada em 18,5%, a mais elevada praticada em Moçambique num produto bancário. Cada obrigação custa 100 mil MT e as obrigação BIM-2000 tem um prazo de 5 anos mas, poderão ser resgatadas junto da instituição bancária ano e meio depois.
A emissão obrigacionista é um instrumento alternativo, equivalente a um depósito a prazo. Machungo aproveitou a ocasião para desmentir rumores postos a circular que o BIM e o BCM teriam um acordo de fusão. (TVM e Notícias, 04/10/00)
Notícias de ontem (3 de Outubro): Aeroporto de Maputo está à venda Renamo desdobra-se para consumar as manifestações |