Devido a diferenças salariais:
Há conflito na Mozal

A partir da próxima quarta-feira, os trabalhadores moçambicanos da fundição de alumínio Mozal vão entrar em greve, caso as suas reivindicações salariais não sejam satisfeitas até à próxima semana. Aqueles trabalhadores apresentam como principal razão do conflito, que decorre desde Outubro último, a larga diferença que separa os salários dos nacionais dos dos estrangeiros com a mesma formação académica e categoria profissional. Consideram que se estão a esgotar os canais de negociação quer com o patronato quer com o Governo, acusando este de se mostrar aliado à entidade empregadora.

Os trabalhadores pretendem uma revisão da tabela salarial por níveis hierárquicos e não um simples aumento, como a Mozal pretende fazer. Entretanto, o novo pacote salarial proposto pelo patronato, preconiza para o escalão mais baixo cerca de 8 milhões de meticais/mês. Inaugurada em Setembro do ano passado, a Mozal é o maior projecto industrial do país, cuja expansão foi autorizada pelo Governo. (Notícias, 08/02/01)

Sistema prisional vai conhecer melhorias

Segundo o Ministro da Justiça, José Abudo, foi concluído um estudo de avaliação do sistema prisional, visando traçar um conjunto de acções que conduzam ao melhoramento das condições de reclusão, entre outras actividades. Falando ontem, na Cadeia Central da Machava, após receber 155 livros doados pelo Fundo Bibliográfico da língua portuguesa, Abudo disse que com base nesse estudo o seu Ministério está a fazer uma matriz de acções visando resolver "paulatinamente" os problemas.

O estudo, elaborado pelo PNUD, contempla a resolução dos vários problemas tais como a reforma legal, a superlotação das cadeias, condições de sanidade, controle da legalidade, degradação de infra-estruturas, insuficiência de pessoal e a falta de programas de recuperação de reclusos. (Notícias, 08/02/01)

Micro-crédito recebe financiamento canadiano

Moçambique e Canadá assinaram ontem, em Maputo, um memorando de entendimento para apoio ao programa de micro-crédito por aquele país. A contribuição canadiana é de cerca de 3,4 milhões USD e, com o programa, pretende-se estabelecer uma estrutura moçambicana de micro-crédito, com o objectivo de reduzir a pobreza e melhorar a capacidade das instituições nacionais no fornecimento de serviços sustentáveis às camadas menos desfavorecidas.

O programa, que será coordenado pelo Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, vai intervir, também, em áreas de aconselhamento técnico e apoio às instituições moçambicanas de micro-crédito, de capitalização e advocacia para a reforma institucional do micro-crédito. (Notícias, 08/02/01)

EN1 já abriu mas na Zambézia há que esperar

O troço entre os rios Muári e Ripembe, na Estrada Nacional nº1 (EN1), intransitável desde a terça-feira passada na sequência das chuvas, reabriu ontem após beneficiar de obras de terraplanagem das secções erodidas. A intervenção de emergência que está a ser feita pela Rundell antecede as obras definitivas que serão executadas em Abril próximo. O troço Ripembe-Muári tornou-se problemático a partir das cheias de 1999, quando as chuvas removeram o asfalto.

Entretanto, na Zambézia a circulação rodoviária entre Quelimane e os distritos de Mocuba e Maganja da Costa reabre esta semana, logo que terminar a reposição de duas pontes e a reparação de outros danos sobre as rodovias. Devido ao mau estado das vias, 20 camiões de grande tonelagem encontram-se enterrados na região de Aleixo, cerca de 20 km da vila de Milange. (Notícias, 08/02/01)

Notícias de ontem (7 de Fevereiro):

Chuvas no Centro do país: EN 1 cortada; Mafambisse inundada
Governo aprova expansão da Mozal
Lançamento de "Matola Heights" marca aniversário
Na sequência do acidente: TSL custeia despesas
Trabalho da CPI interrompido por 30 dias