Está decidido: Moçambique vai importar retrovirais O Ministro da Saúde, Francisco Songane, anunciou ontem na Assembleia da República, em Maputo, que o país vai introduzir medicamentos anti-retrovirais para o tratamento do SIDA, no presente ano. Disse que estão a decorrer contactos com a Índia e o Brasil, visando a importação destes medicamentos, prometendo para breve um anúncio público sobre que passos estão a ser seguidos para a introdução destas drogas no país. Contudo, chamou a atenção para o facto de que, mas do que esses medicamentos, a prevenção é a melhor arma para o combate à doença, pois as drogas para o seu tratamento são extremamente onerosas para o país. Um dos receios do Governo na introdução das drogas, e que estas sejam vendidas no mercado informal, o que representaria um atentado à saúde dos cidadãos. Songane explicou que optou pelo Brasil e a Índia porque o país não está à altura de introduzir estas drogas com os preços que as grandes companhias multinacionais, nomeadamente dos EUA e da Europa ocidental praticam. Estas companhias aplicam valores que ascendem aos 12 mil USD por ano por doente, mas a Índia e o Brasil, com medicamentos de qualidade reconhecida, fazem o mesmo tratamento com um valor na ordem de 600 USD por ano. Entretanto, o Ministro disse, à dada altura, que as deficientes condições de higiene na casa mortuária do Hospital Central de Maputo prendem-se com o facto de esta receber mais corpos do que a sua capacidade. A morgue tem uma capacidade de 50 corpos, quando o número de cadáveres que dão entrada por dia se situa a volta dos 60. (Notícias, 29/03/01) SIDA no país: Deputados pedem informação ao Governo Em Maputo: Está a decorrer em Maputo, o terceiro encontro entre o Presidente da República, Joaquim Chissano e o presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, destinado a fazer o balanço das actividades desenvolvidas pelos grupos de trabalho formados após a última reunião, realizada a 17 de Janeiro do presente ano. Refira-se que nesse encontro ficou decidida a constituição de seis grupos de trabalho para debater as questões constitucionais, jurídicas e parlamentares, administração pública, autarquias e poder tradicional, defesa e segurança, assuntos económicos e empresas públicas, comunicação social e acontecimentos de Montepuez; principais reivindicações da Renamo-UE. Quanto a Montepuez, a coligação reclama que sejam identificados os responsáveis pelos acontecimentos que levaram à morte de cerca de 40 pessoas durante as manifestações de 9 de Novembro e de outras 119 por asfixia na sela da Polícia, onde se encontravam detidas. (Notícias, 29/03/01) Falsa declaração: Alfândegas apreendem mercadorias As Alfândegas de Moçambique, na província de Nampula, retiveram no porto de Nacala, 14 contentores contendo óleo alimentar e 14 contendo sabonetes. O importador teria dado uma falsa declaração da mercadoria, para fugir ao fisco, ao indicar que esta estava em trânsito para o Malawi, com a consignação "Oil Brothers Malawi", uma empresa que não existe nem em Moçambique, nem no Malawi. O valor das imposições aduaneiras que o importador tentou evitar é de cerca de 2 mil milhões de meticais. (Notícias, 29/03/01). Notícias de ontem (28 de Março): Melhoria da situação: HCB reduz descargas |