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Notícias do dia 22 de Junho 2001

Aprovado MOZAL-2
MOZAL vai duplicar a produção de alumínio

Maputo (AIM) - Os Conselhos de Administração da Billiton (Inglaterra), Mitsubishi Corporation (Japão) e a International Development Corporation (IDC, África do Sul) anunciaram ontem, em Maputo, o lançamento do projecto de expansão da fábrica de fundição de alumínio MOZAL. Este novo projecto, anexo a MOZAL-1, tem em vista construir uma capacidade adicional de produção de 253 mil toneladas de alumínio por ano, na fundição já em funcionamento em Beleluane, arredores de Maputo, levando a uma produção total anual de 506 mil toneladas, o que corresponde a 2% da produção mundial.

O custo da construção desta nova fase será de 860 milhões de dólares norte-americanos. De acordo com o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Mozal, Rob Barbour, o início do teste da produção inicial desta fase será em finais de 2003, prevendo-se que alcance a produção em pleno no ano 2004. A expansão da Mozal não vem como surpresa. Na construção da Mozal-1 já se levou em consideração esta expansão. O Governo moçambicano já aprovou a expansão em Fevereiro passado.

O maior accionista da Mozal é a empresa británica Billiton, com 47%, seguida por Mitsubishi (25%), a IDC (24%) e o Governo moçambicano (4%). A expansão da Mozal vem num período em que muitas fábricas de alumínio nos Estados Unidos estão a fechar, por falta de energia. A energia abundante e barata, junto com a mão-de-obra barata e o regime de isenção de impostos, é o que torna Moçambique tão atractivo para uma fundição de alumínio.

Para a produção (a partir de 2004) de 506 000 toneladas de alumínio por ano será necessária a importação de cerca de um milhão de toneladas de alumina, provenientes principalmente das minas em Worsley, na Austrália Ocidental, que pertencem em 86% a Billiton. O consumo de energia será de 900 MW. De acordo com Billiton, a procura adicional de energia por parte de Mozal 2 acelerará o desenvolvimento da barragem de Mepanda Uncua no rio Zambeze. (AIM 21/06/01)

Leia a notícia de 7 de Fevereiro:
Governo aprova expansão da Mozal
 

Muteia dá ultimato à chazeira Aberfoyle

O Ministro de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Hélder Muteia, que recentemente visitou a província da Zambézia, instou a empresa chazeira zimbabweana Aberfoyle Tea Estates Pty (ATE), adjudicatária da Emochá E.E, no sentido de proceder ao pagamento de salários em atraso referentes a oito meses e para que implemente o seu plano de exploração no distrito de Milange. Segundo o ultimato dado pelo Ministro, o pagamento dos salários em atraso, aos cerca de 37 trabalhadores, deve ocorrer num prazo não superior a 30 dias enquanto que o plano de exploração deve ser operacionalizado num período não superior a três meses.

Segundo Muteia, se qualquer destas condições não for respeitada o Estado reserva-se o direito de dar seguimento ao processo de desadjudicação. A EMOCHÁ foi adjudicada a Aberfoyle em 1996 e de lá para cá realizou pouco investimento. As áreas de produção estão a ser ocupadas por populares mas na sua grande maioria encontram-se abandonadas desde cerca de um ano. Esta empresa que possui cerca de 1678 hectares de terra, chegou a produzir 1,7 milhão de toneladas de chá com três unidades de processamento. A produção de chá constituía cerca de 40% do rendimento económico do distrito. (Notícias, 22/06/01)
 

Eclipse paralisou o país

O eclipse do sol aconteceu ontem no país. A maioria dos moçambicanos não pode observar o raro acontecimento, dado que não dispunham de óculos adequados para o efeito. Outros arriscaram e viram o eclipse a olho nu. O facto é que para cerca de 18 milhões de habitantes estavam disponíveis apenas 66 mil pares de óculos. Na cidade de Quelimane, um dos lugares onde o eclipse foi total, a marginal da cidade estava abarrotada de gente que para lá se deslocou para ver "a noite em pleno dia".

O ponto máximo do eclipse foi visível no território nacional no intervalo entre as 15:13:41 horas, na província de Tete, e as 15:18:59 horas em Quelimane, província da Zambézia. De acordo com a deslocação da sombra da lua, Angola teve o maior tempo de observação do eclipse total (04.19 minutos), enquanto que em Moçambique foram 03.09 minutos. Na cidade de Maputo o eclipse foi visto a 74%. No próximo ano outro eclipse ocorrerá em Moçambique e será visto a 100% na cidade de Xai-Xai. (Notícias, 22/06/01)

Leia a notícia de ontem:
Eclipse do sol: Logo à tarde vai ficar noite

Mais informação sobre o eclipse poderá ser encontrada na nossa página de turismo

Através do SINTIQUIGRA:
Salário mínimo vai a debate

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Indústria Química, Borracha, Papel e Gráfica (SINTIQUIGRA), solicitou para hoje uma reunião de debate do último reajustamento salarial decretado pelo Governo em Maio último. Um dos convidados ao debate é o Presidente da Comissão Consultiva do Trabalho, Mário Sevene, Ministro do Trabalho.

Recorde-se que o Governo reajustou nos princípios de Maio passado, com efeitos a partir de Abril último, o salário mínimo nacional em 17%, passando dos anteriores 568 980,00 MT para 665 706,60 MT. Refira-se que apesar do reajustamento em alusão o salário mínimo não irá reflectir-se na vida dos trabalhadores porque o metical está a conhecer uma das suas maiores crises de sempre. (Notícias, 22/06/01)
 

Notícias de ontem (21 de Junho):

Eclipse do sol: Logo à tarde vai ficar noite
Caso Montepuez: Sentença para os polícias será conhecida em Julho
Gaza: Julgamento do desvio de 13 biliões de meticais adiado
Chissano no Brasil
200 mil dólares para relançamento da produção de castanha de caju em Inhambane


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