Moçambique on-line

metical de 10 de Maio 1999
(reproduzido no metical de 3 de Abril de 2001)


[leia a notícia anterior: "Nyimpine não confirma nem desmente"]
 
PRM confirma "escaramuças"

(Maputo) O comandante da 2ª esquadra da PRM, Bernardo Edgídio, confirmou na sexta-feira ao "mt" que o filho do PR, Nyimpine Chissano, se envolveu em "escaramuças" na esquadra, mas acrescentou que a culpa foi do oficial de serviço, Armindo Nota Berro. Egídio não confirma que Nyimpine tenha agredido Nota e outro oficial (Victor Mucavel), como se alega numa notícia publicada na edição da semana passada do DEMOS.

Bernardo Egídio disse-nos que "não corresponde à verdade o que está relatado no DEMOS". E deu a sua versão dos factos.

"No dia 1 de Maio, pelas 7 horas, registou-se um ligeiro acidente de viação defronte da nossa esquadra. Os intervenientes chegaram ao consenso de que não era necessário levar o assunto à Polícia", mas "o Sr. Arlindo Nota Berro, oficial de permanência, ordenou ao seu colega para convidar os intervenientes a chegarem à esquadra. Posto isto, o motorista ligou o telemóvel ao Sr. Nyimpine e disse o que estava a acontecer naquele momento. O Sr. Nyimpine veio ao local do incidente e informou-se do sucedido, e que as partes entenderam não levar o caso à Polícia mas Nota insistiu que Nyimpine entrasse na esquadra. Nyimpine dirigiu-se à esquadra e procurou saber o que se passava".

Por sua vez, prosseguiu o comandante Egídio, o oficial da PRM perguntou a Nyimpine "afinal tu bebes desta maneira?"

"Nyimpine não gostou e disse que não podia ser chamado bêbedo porque o oficial não iria provar que ele estava bêbedo".

A nossa fonte acrescentou que foi na base disto que se gerou a "confusão" entre o oficial Nota e Nyimpine Chissano. Mas acrescenta: "O oficial de serviço, profissionalmente, agiu mal ao convidar as pessoas a entrar na esquadra enquanto haviam chegado ao consenso, com a agravante de que o oficial Nota não é a pessoa indicada para questões de acidente de viação. A direcção máxima do comando da PRM criou uma comissão de inquérito para averiguar o assunto".

"Se atirou a máquina e os papéis para o chão é porque estava aborrecido e não aceitou que alguém lhe chamasse de bêbedo. Houve de facto escaramuças provocadas pelo oficial Arlindo Nota. Nós achamos que quem devia mover um processo é o Sr. Nyimpine contra o Nota pois chamou-lhe de bêbedo mas Nyimpine disse no mesmo dia que não precisava".

Qual será o passo a seguir?

"Vamos tomar medidas. Vai decorrer um processo disciplinar contra o oficial Arlindo Nota".

Por que mover um processo disciplinar contra o oficial Nota? E o oficial Mucavele?

"O Mucavele não tem problema; foi mandado pelo Nota. O Nota agiu de má fé ao publicar a notícia no DEMOS. Não aconteceu o que vem lá escrito. Mesmo sentindo-se ofendido não havia razões para tal porque há mecanismo ao nível da PRM".

E o carro envolvido no acidente, a quem pertencia?

"É um Volvo da empressa Expresso Tours Agência, que estava a trabalhar na conferência sobre minas".
(recolha por Victor Matsinhe)

 

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metical - arquivo 1999


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