(Maputo) Há nova decisão na questão dos pesticidas obsoletos. Já
não vai haver incineração.
A decisão anterior de exportar uma parte das 900 T armazenadas
na Boror (Matola) e das 160 T armazenadas nos portos de
Nacala e Beira, armazenar uma outra parte num aterro sanitário e
incinerar o resto, foi substituída pela decisão de exportar o grosso
dos pesticidas e armazenar em aterro sanitário os não exportáveis.
A nova decisão e a razão da mudança vêm explicadas num
comunicado emitido ontem pelo "gabinete do ministro" John
Kachamila (MICOA). O comunicado diz que "estudos
especializados e detalhados" foram levados a cabo com a
intenção de se saber se a incineração causaria problemas. "Das
análises feitas concluiu-se que, para que a operação fosse feita da
melhor forma, seriam necessários cerca de 4 anos", à razão de 8
horas/dia e não 24, porque o teor de cloro em cerca de 45 T de
pesticidas é "bastante elevado".
"Igualmente, a tolerância do forno para metais como sódio,
potássio bem como enxofre e fósforo é limitada".
"Por outro lado", acrescenta o comunicado, "a fábrica de
cimentos não garante que após a conclusão da incineração dos
pesticidas obsoletos irá incinerar outros lixos tóxicos produzidos a
nível nacional", o que "torna o projecto bastante oneroso pois ele
tinha como argumento de fundo a criação de uma capacidade
nacional de tratamento de todo o tipo de lixo perigoso produzido
no país, incluindo capacidade para incineração". O governo
considera, agora, que investir tanto dinheiro na fábrica de
cimentos só para incinerar pesticidas - "uma única operação" -
"inviabliza o projecto".
Eis, então, as decisões do governo:
metical - arquivo 2000 |