RENAMO EXPLICA AUSÊNCIA DA CNE

A Renamo-UE só enviará os nomes dos seus representantes à Comissão Nacional de Eleições (CNE) depois de se resolver o problema político surgido logo depois das eleições gerais de Dezembro último. Para a Renamo, ainda não está encerrado o último processo eleitoral enquanto não se proceder à recontagem dos votos que supostamente lhe conferiam vitória.

Assim, o não reconhecimento do Presidente da República implica não reconhecer qualquer indicação feita por este, por exemplo a indicação do Presidente da CNE. A Renamo-UE acrescenta que a revisão da Lei eleitoral é imprescindível. (Savana, 04/08/00)
 

RENAMO DEVE INDICAR MEMBROS PARA A CNE

A Frente Unida para a Salvação da Democracia em Moçambique (FUSAD) insta a Renamo-UE a indicar os seus elementos para a composição da Comissão Nacional de Eleições (CNE), condição essencial para a realiização de processos eleitorais justos e transparentes. A FUSAD está preocupada com o comportamento da Renamo-UE e do seu dirigente, Afonso Dhlakama, que se autoproclama líder da oposição quando de facto não se assume como tal.

Para a FUSAD, a presença de membros da Renamo na CNE permitiria controlar de perto as artimanhas de fraude alegadamente protagonizadas pela Frelimo. A FUSAD questiona no entanto a postura da Frelimo ao indicar os mesmos elementos para integrarem a nova CNE o que pressupõe a possibilidade de se engendrar uma outra fraude para futuros processos. (Notícias, 31/07/00)
 

RIPUA EXIGE QUE A RENAMO-UE INTEGRE A CNE

Wehia Ripua, líder do partido PADEMO, insta também a Renamo-UE a integrar a Comissão Nacional de Eleições (CNE). Ripua reage assim à posição daquela coligação de não indicar os seus elementos para aquele órgão eleitoral por não ser prioritário. A Assembleia da República (AR) reuniu, em sessão extraordinária, para deliberar sobre a designação de elementos para a composição da CNE mas apenas a Frelimo apresentou os seus 8 elementos.

Para Ripua não há nenhum problema sem solução sendo que se a Renamo-UE vê alguma anormalidade deve dirigir-se ao fórum próprio, a AR, para confrotação política. Ripua acrescenta que, com as suas manobras, a Renamo-UE está a fazer com que o povo não entenda as reclamações atinentes às irregularidades cometidas pela CNE a favor do partido no poder. (Notícias, 01/08/00)

DHLAKAMA VIAJA AOS ESTADOS UNIDOS

O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, parte este fim-de-semana para os Estados Unidos da América (EUA) a convite do Instituto Nacional Democrático (DNI). Na sua estadia de duas semanas, Dhlakama vai participar na convenção do Partido Democrático e terá vários encontros com personalidades políticas americanas, tais como Jimmy Carter, da Fundação Carter que observou as eleições moçambicanas.

O líder da Renamo garantiu que vai falar dos problemas do processo democrático em Moçambique e vai incentivar os americanos para apelarem à Frelimo a efectuar reformas legais e à necessidade de haver no país tribunais, Comissão Nacional de Eleições e uma administração eleitoral (STAE) que não dependam do Governo. (Savana, 04/08/00)
 

INCITAMENTO À VIOLÊNCIA PODE RETIRAR IMUNIDADE

A Comissão Permanente da Assembleia da República (CPAR) deverá levantar a imunidade parlamenatar dos deputados José Manteigas e Manecas Daniel da Renamo-União Eleitoral. A decisão surge em resposta a uma solicitação feita pela Procuradoria Geral da República (PGR), que pretende ouvir estes dois deputados em processo-crime para esclarecer o seu alegado envolvimento em acções de incitamento à violência durante a campanha eleitoral na província da Zambézia. Para além destes dois parlamentares, a PGR menciona o nome deputado suplente da Renamo-UE, Eduardo João, também eleito no círculo eleitoral da Zambézia. Esta deliberação da CPAR não colheu concesso de todos os deputados, uma vez os da Renamo-UE afirmaram que o pedido da PGR constitui uma continuidade das perseguições da Frelimo a todos os elementos da oposição. (Notícias, 05/08/00)

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