RDCONGO - MILÍCIAS MAY-MAY "ARRUMAM" 31 SOLDADOS DO RUANDA

Milícias May-May, leais ao Presidente Kabila, abateram em combate na província de Kivu, 31 soldados ruandeses que combatiam a favor de um dos movimentos rebeldes congoleses que se opõem ao regime de Kinshasa desde 1998. Segundo os May-May e fontes independentes, os soldados ruandeses, antes da retirada, assassinaram 56 civis. (Notícias, 28/09/00)
 

ZIMBABWE - ASSASSINO DE UM FAZENDEIRO NA BARRA DO TRIBUNAL

Um veterano da guerra de libertação do Zimbabwe, Douglas Chitekuteko, foi detido pela polícia e acusado do assassínio do agricultor branco David Steven, a primeira vítima mortal da crise de terras naquele país. Chitekuteku, de 41 anos de idade, que mais tarde compareceu perante o tribunal de Harare, foi detido na localidade de Marondera, onde lidera um grupo de antigos combatentes na ocupação de terras. O Magistrado do Ministério Público, Stephen Jonhwani, afirmou que o acusado mobilizou os ex-combatentes e dezenas de seguidores da ZANU-FP, partido no poder, para expulsar à força David Steven das suas terras, nos arredores da capital zimbabweano.

O fazendeiro foi levado depois para as instalações dos veteranos de guerra em Morendera, onde foi agredido pelos sequestradores. Mais tarde, Chitekuteku disparou um tiro na boca do agricultor. Cinco fazendeiros da localidade que tentaram resgatar o infeliz foram também agredidos pelos sequestradores que os deixaram após a intervenção da polícia que no entanto não prendeu nenhum agressor. No entanto, recentemente, quatro fazendeiros brancos foram detidos pela polícia por "incitação à violência", depois de terem encorajado trabalhadores agrícolas a expulsarem vários indivíduos que ocupavam as sua propriedades. (Notícias, 28/09/00)

RDCONGO - A GUERRA AINDA É UMA REALIDADE

Efectivos do movimento rebelde congolês, MLC, assistidos pelas tropas ugandesas, encontram-se a menos de 75 quilómetros de Mbandaka, principal cidade do norte daquele país. O agravamento da situação militar naquele país terá motivado a recente deslocação do Presidente Kabila a Luanda, onde se reuniu à porta fechada com José Eduardo dos Santos com o objectivo oficial de "desbloquear o processo de paz na RDCongo". Entretanto, os chefes das Forças Armadas de Angola e Uganda decidiram reunir-se regularmente para "harmonizarem" políticas para com a RDCongo, em que os seus países apoiam partes antagónicas.

Tropas de Angola, Zimbabwe e Namíbia intervêm no conflito congolês ao lado do regime de Kinshasa, enquanto que os rebeldes que se opõe a Kabila são apoiados por tropas regulares do Uganda e Ruanda. A guerra civil da RDCongo foi iniciada em 1998, sendo realizada por vários rebeldes, entre os quais o MLC, do general Jean-Pierre Bemba e a União Congolesa para a Democracia. (Notícias, 27/09/00)
 

ÁFRICA DO SUL - TRIBUNAL ABSOLVE MÉDICA PORTUGUESA ASSASSINA

Um tribunal de Joanesburgo absolveu a médica portuguesa Manuela Costa, que em Novembro de 1998 matou dois dos seus quatro filhos. O magistrado entendeu, com base num relatório elaborado após a permanência de Manuela Costa num hospital psiquiátrico por um mês, que a ré, à data dos acontecimentos, estava "mentalmente incapacitada" e que por essa razão não era responsável pelos seus actos.

O mesmo magistrado decretou que Manuela Costa tem que ser internada numa instituição psiquiátrica, embora esteja em liberdade condicional à espera de recurso desta componente de sentença. Os advogados de Manuela interpuseram um recurso para o Tribunal Constitucional anular a segunda decisão do juiz. Os seus dois filhos sobreviventes da tentativa de assassínio por injecção de tranquilizantes estão presentemente à guarda de um tio em Portugal. (Notícias, 27/09/00)
 

ÁFRICA DO SUL - POLÍCIA ESTÁ AO ENCALÇO DO "NAVIO DA FEBRE AFTOSA"

Alfândegas e unidades da polícia sul-africanas foram mobilizadas para descobrirem a pista do navio suspeito de introdução do vírus da febre aftosa no país. Os porcos de uma quinta na província de Kwazulu terão sido o primeiro foco da epizootia, contaminados por restos de alimentos misturados com a sua comida e provenientes de um navio que escalou o porto de Durban. O fornecedor, que teria vendido os produtos contaminados a um criador de porcos de Camperdown, está a colaborar com as autoridades para localizar o navio.

Foram recebidos reforços de polícias e militares e dos serviços sanatórios na zona de quarentena definida para a região das quintas afectadas pela febre aftosa. A África do Sul, sem registo da epizootia, enviou amostras para um laboratório mundial no Reino Unido, para tentar conter a doença. A descoberta de dois focos da doença levou a que a África do Sul fosse retirada da lista dos "países livres da febre aftosa" pela Organização Internacional das Epizootias. (Notícias, 25/09/00)

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