RENAMO PROMETE MANIFESTAÇÕES DE PROTESTO
A Renamo anunciou a realização de "manifestações pacíficas" por todo o país, em protesto contra o que considera o governo ilegítimo da Frelimo e do Presidente da República. O secretário-geral do partido, João Alexandre, referiu que as manifestações se devem à rejeição do diálogo por parte da Frelimo. O secretário-geral acrescentou que se estas não encontrarem a devida resposta, então o povo caminhará para posições extremas, que passam pela divisão do país.
Alguns analistas do cenário político moçambicano foram unânimes em condenar a intenção da Renamo. Brazão Mazula, Reitor da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), disse "que todos temos a obrigação de reconsiderar tudo o que pode ser violento. Repito que a Renamo ainda não esgotou todos os recursos como o diálogo, embora não seja fácil, o Governo deve também abrir-se ao diálogo."
Entretanto passou uma semana sem se realizarem as tais manifestações. (Notícias 02/10/2000)
CHISSANO PRETENDE ENCONTRAR-SE COM DHLAKAMA
O Chefe de Estado moçambicano, Joaquim Chissano, e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, poderão reunir-se brevemente. O Primeiro-ministro, Pascoal Mocumbi, que adiantou a notícia, diz que o encontro tem em vista a discussão de uma agenda para o país nos próximos 25 anos.
Comentando sobre as manifestações que a Renamo pretende realizar, por todo o país, Mocumbi apelou ao bom senso "de qualquer partido e da liderança desse partido que queira assumir as responsabilidades do Governo no país. Não é num país dividido que um partido político se pode considerar um partido nacional." Ainda sobre possíveis negociações com o partido da oposição sobre a actual situação política do país, o PM referiu que estas existem assim como com qualquer outro partido político. "Tenho pedidos de encontros de líderes de partidos políticos que foram já atendidos pelo Chefe de Estado (...) queremos desenvolver a democracia no nosso país e não temos outras intenções." (Notícias 06/10/2000)
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