Zimbabwe - Polícia quer prender líder da oposição
A Polícia zimbabweana tem mandato para prender o principal líder da oposição, Morgan Tsvangirai, acusado de traição. A Polícia esteve estacionada no Aeroporto de Harare aguardando a chegada de Tsvangirai da África do Sul, mas tal não aconteceu. Tsvangirai deverá enfrentar acusações de "incitamento à violência pública" e "injúrias" ao Chefe de Estado, Robert Mugabe, efectuadas durante um comício do partido MDC realizado a 30 de Setembro em Harare. A acusação por traição pode ser punível com a pena de morte.
A crise zimbabweana instalou-se quando os antigos combatentes da guerra de libertação desencadearam uma campanha de ocupação de terras pertencentes a agricultores brancos e agravou-se após as recentes eleições legislativas ganhas pela ZANU-FP, supostamente fraudulentas. Neste escrutínio, o MDC arrecadou 57 dos 120 assentos do parlamento zimbabweano, dominado pela ZANU desde a independência em 1980.
A consequente derrocada económica do Zimbabwe e os seus efeitos sobre toda a África Austral dominaram entretanto a conferência económica de Windhoek, tendo os participantes constatado a quebra dos investimentos estrangeiros na região. A conferência centralizou as suas inquietações na situação do Zimbabwe, marcada pela falta de combustível e de electricidade, uma taxa de inflação de 60% e congelamento no investimentos estrangeiros. (Notícias, 10 e 13/10/00)
Angola - MPLA "luta" por eleições gerais
O Secretário-Geral do MPLA, João Lourenço, apelou aos partidos da oposição angolana para colaborarem com o Governo na criação de condições que permitam a realização de eleições gerais no país. Lourenço, que falava numa assembleia de militantes do seu partido, reafirmou ainda que "não é possível fazer eleições sem paz", defendendo que é necessário criar condições para que um grande número de eleitores possa votar livremente. João Lourenço salientou que as eleições só serão convocadas "quando existirem condições objectivas" para a sua realização, admitindo, no entanto, que a paz em Angola está próxima, já que o exército regular da UNITA "pertence ao passado". (Notícias, 10/10/00)
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