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Ano 02 - Edição 40 - 23 de Outubro de 2000
 


AGRICULTURA E PESCAS


 
ABERTA CAMPANHA AGRÍCOLA 2000/2001

Depois das cheias e dos ciclones, perto de 200 mil hectares de culturas diversas foram destruídos comprometendo a segurança alimentar de milhares de moçambicanos. Mas a situação está a melhorar, confirma João Carrilho, Vice-Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural. Até ao momento, a produção já foi recuperada em cerca de 90%. Segundo Carrilho, as previsões para a Campanha Agrícola 2000/2001, também são optimistas.

A produção de cereais e tubérculos poderá registar um aumento de 12 a 17% em relação ao ano passado. Para além da quantidade, os peritos apostam também na qualidade nutricional da produção. O Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural juntamente com outras organizações está envolvido em campanhas de promoção à produção de alimentos. É o caso do projecto de cultivo e uso de variedades melhoradas de batata doce de polpa alaranjada, rica em vitamina A. (Televisão de Moçambique 16/10/2000)
 


CAMPONESES RECLAMAM CRÉDITOS BANCÁRIOS

O difícil acesso à terra e a créditos bancários tem sido alvo de contestação pelos camponeses. Estes, reunidos na segunda Assembleia Geral da União Nacional de Camponeses (UNAC), acusaram a banca de exigir bens de garantias de alto valor como condição para se beneficiar de créditos. "O acesso ao crédito pelos camponeses está muito difícil, porque trata-se de uma classe sem bens que possam servir de garantias para as instituições financeiras. Queremos sensibilizar o Governo, fazendo-o entender que o camponês é o produtor de toda a riqueza do país, e como tal merece toda a atenção", disseram.

Para além das dificuldades financeiras, foi também apresentado o balanço das actividades da UNAC. Entre os aspectos positivos de destacar os diversos cursos sobre a evolução das tecnologias agro-pecuárias foram ministrados aos membros. (Notícias 20/10/2000)
 


NAMPULA CRIOU FÓRUM PARA RESOLVER CONFLITOS DE ALGODÃO

O Governo moçambicano, empresas e associações de produtores de algodão sedeadas na província de Nampula, criaram um fórum local para lidar com conflitos que surgem durante o processo de produção e comercialização deste produto.

Hélder Muteia, Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER), referiu que o fórum será dirigido pelo director provincial do MADER com a participação dos sectores privado e familiar. Segundo Muteia, o regime de concessões adoptado há alguns anos pelo Governo sofrerá pequenas alterações. Só será permitido que os operadores realizem actividades tanto de produção como de comercialização no perímetro das suas áreas, os novos operadores devem trabalhar na província e não devem exceder os 6 mil, e a compra de algodão não deve ser feita em regime de crédito. Pois, segundo o Ministro, são as dívidas acumuladas que constituem um dos principais entraves à obtenção de índices satisfatórios em todas as campanhas agrícolas. (Notícias 19/10/2000)
 


PRODUÇÃO DE AÇÚCAR VAI AUMENTAR

Moçambique vai passar a produzir, a partir do próximo ano, mais de 100 mil toneladas de açúcar, reiniciando ao mesmo tempo a produção de açúcar refinado, algo que não acontece há cerca de 17 anos.

Segundo Arnaldo Ribeiro, Director do Instituto Nacional de Açúcar, tais desenvolvimentos devem-se aos investimentos que têm sido feitos no sector, e que permitem não só a plantação massiva de cana-de-açúcar, como também a reabilitação das fábricas e introdução de novas tecnologias. Só este ano, o país poderá produzir 50 mil toneladas, 13 mil das quais se destinam ao mercado dos EUA. (Notícias 20/10/2000)

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