NoTMoC: Notícias de Moçambique
Edição on-line


NoTMoC
Informar (sobre) Moçambique

Ano 02 - Edição 41 - 30 de Outubro de 2000
 


ECONOMIA E INDÚSTRIA


 
Em 2004 o gás de Pande chegará a África do Sul

O Projecto de exploração do gás natural de Pande, província de Inhambane, cujo investimento se espera estar acima de 1 bilhão de USD, inicia em Junho de 2001, com o arranque das obras de construção do gasoduto, como também a construcção de instalações nos campos de Temane e Pande. O Gasoduto estender-se-á em 895 quilómetros, a partir dos jazigos de Temane, em Moçambique, até Secunda na África do Sul, onde o primeiro fornecimento de gás deverá ocorrer em 2004.

Foi assinado um acordo entre o Governo moçambicano e a companhia americana ENRON, nos termos do qual esta multinacional se compromete a desenvolver um mercado para o gás de Pande, considerando como principal destino o Projecto de Ferro e Aço de Moçambique que prevê a construção de uma fábrica de lingotes de aço e representa um investimento de cerca de 1,1 bilhão de USD, para a primeira fase. A Empresa Nacional de Hidrocarbonetos e a Empresa Petróleos de Moçambique, com uma quota de 30%, e a SASOL com os restantes 70%, serão parceiros no desenvolvimento dos campos de gás de Pande e Temane. (Notícias, 27/10/00)
 


Moçambique recebe 200 milhões USD para cinco anos

O Reino da Dinamarca vai disponibilizar a Moçambique, durante os próximos cinco anos, cerca de 200 milhões USD no âmbito da assistência técnica ao desenvolvimento no país. Os documentos que formalizam o apoio, que inclui a cooperação bilateral, assistência técnica e apoio a projectos no âmbito do meio ambiente, entre outros domínios, foram assinados, em Maputo, no final das conversações para as habituais consultas anuais entre os dois governos.

As partes acordaram igualmente sobre uma estratégia para que sejam exportadas de forma segura e rápida as 900 toneladas de pesticidas obsoletos armazenados na estação de tratamento de lixo tóxicos da Matola, a fim de serem tratados no exterior. (Notícias, 28/10/00)
 


África do Sul exige exclusividade na energia da HCB

A República da África do Sul (RAS) apresentou à Comissão Permanente Conjunta (JPC) tripartida, Moçambique, Portugal e RAS, em Pretória uma proposta na qual exige exclusividade na energia produzida pela hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), em Moçambique. Aquele país admite que só em 2010 passará a pagar 8 cêntimos do rand por kW/hora, valor é idêntico ao que a RAS cobra actualmente a Moçambique pela retransmissão energética de 20 MW/h.

Pretende ainda que a energia que a HCB vende ao Zimbabwe desde 1997 seja um exclusivo da ESKOM, empresa de electricidade da RAS, logo que termine em 2003 o contrato renovável com aquele país, para além de propor que a energia vendida em Moçambique directamente pela HCB seja ao mesmo preço que a fornecida a ESKOM e não mais barato. Por seu turno, a HCB, empresa mista de capitais moçambicanos e portugueses, propõe um reajustamento em 4,25 cêntimos rand até finais deste ano, e que a partir de 2001 o valor por kW seja de 9,65 cêntimos do rand.

A HCB vende energia eléctrica à empresa sul-africana de electricidade, ESKOM, a sua principal cliente, uma parte ao Zimbabwe e uma pequena quantidade a Moçambique. Por sua vez a RAS vende energia a Moçambique por retransmissão, 200 mW/h a valores superiores àquele que paga a HCB. Moçambique já manifestou o interesse de adquirir a parte portuguesa da HCB e Portugal já se disponibilizou a discutir a proposta mantendo no entanto o princípio de pagamento em mais de 500 milhões de contos portugueses. (Notícias, 24/10/00)


GRATUITO

COMO OBTER UM LICENCIAMENTO COMERCIAL?

Mande uma mensagem para notmoc@iris.co.mz
com o "subject": LICENCIAMENTO COMERCIAL


Na construção da "N4" já foram investidos 600 milhões de randes

Mais de 600 milhões de randes foram já investidos em território moçambicano nas obras de construção da auto-estrada Maputo/Witbank ("N4"), um projecto orçado em cerca de 1,3 mil milhões de randes e concebido com o objectivo de melhorar o acesso aos territórios moçambicano e sul-africano bem estimular a economia.

Segundo as projecções da TRAC, concessionária do projecto, a fase de construção deverá estar concluída até Dezembro próximo, estando, no entanto, já em pleno uso parte considerável da extensão da rodavia. A construção desta auto-estrada começou em 1998, tendo na altura sido fixado em três anos e meio o prazo acordado para a conclusão dos trabalhos. (Notícias, 24/10/00)
 


Rítmo de desembolsos é bastante lento

Segundo anunciou a Ministra de Plano e Finanças, Luisa Diogo, em Maputo, durante um informe no parlamento, a comunidade doadora internacional garantiu já o desembolso de 259 milhões USD de um pacote de 452,9 milhões USD prometidos na Conferência de Roma. Para o efeito, foram assinados acordos de cooperação que abrangem assistência imediata a vários sectores nacionais, com desataque para o reassentamento da população deslocada, reabilitação de infra-estruturas de educação, saúde, abastecimento de água e energia eléctrica, estradas, entre outros.

A Ministra ajuntou que, dos 259 milhões USD já confirmados, cerca de 146,2 milhões correspondem a acordos já assinados e 17,5 milhões destinam-se ao apoio à reconstrução do sector privado mas, os desembolsos já feitos situam-se na ordem do 69 milhões USD apenas. Estimam-se em cerca de 600 milhões USD os prejuízos económicos causados pelas cheias no país. (Notícias, 25/10/00)
 


EUA concedem 55 milhões USD reabilitação da linha da Limpopo

O Governo norte-americano através da USAID disponibilizou 55 milhões USD para a reabilitação completa da linha férrea do Limpopo, paralisada na sequência das cheias ocorridas no país. Este pacote tem várias componentes e, a primeira pressupõe a contratação de uma empresa, neste caso a "Parsons Global Services Limited", para apoiar os Caminhos de Ferro de Moçambique a preparar os termos de referência para o concurso que será lançado com vista à contratação de um consórcio que vai reabilitar a linha.

Estima-se que esse concurso seja lançado até ao final do ano e pretende-se que, para além da simples reabilitação, a linha tenha um "standard" superior ao anterior. A linha de Limpopo abastece as populações do interior do país e serve ao Zimbabwe, que por enquanto se tem servido dos portos sul africanos. (Notícias, 26/10/00)
 


Moçambique deve ter uma fundição de ouro

O Fundo de Fomento Mineiro, uma entidade que apoia a mineração de pequena escala no país, comercializou, de 1999 até Setembro do ano em curso, cerca de 33,6 quilogramas de ouro. O produto foi vendido nas brigadas técnicas instaladas para a comercialização daquele mineral nas províncias de Manica e Tete. Daquele universo, a província de Manica foi a que conseguiu vender maior quantidade de ouro, 23,3 quilogramas, e as províncias de Niassa e Tete venderam, respectivamente, 7,3 e 2,9 quilogramas.

Com o crescimento dos volumes de ouro comercializado, torna-se necessário instalar no país uma unidade de fundição, numa altura em que já foi encomendado o respectivo equipamento. A quantidade de ouro comercializado nos primeiros meses deste ano, cerca de 15202,6 gramas, representa 82,5% dos 18410,4 gramas vendidos em 1999. (Notícias, 26/10/00)

[voltar ao Conteúdo]


NoTMoC - © 2000 Iris Imaginações

voltar voltar à home page de NoTMoC voltar a Moçambique On-line voltar