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Moçambicanos, sul-africanos e não só assistiram a transmissão de imagens severamente chocantes de agentes da polícia a treinarem cães na arte de atacar e capturar fugitivos, utilizando três prisioneiros que se supõe serem imigrantes ilegais moçambicanos. As imagens, transmitidas no programa "Special Assignment", no canal 3 da Televisão Pública SABC, foram captadas por uma "fonte anónima", que as cedeu àquela estação.
Nas imagens pode-se ver seis polícias de raça branca, numa "sessão de treino", a incitarem cães a atacarem prisioneiros negros, ao mesmo tempo que gritam "slogans" ofensivos de carácter racista. Durante a "sessão de treino", que se arrasta por mais de uma hora, os três presos são severamente mordidos pelos cães, sendo visíveis, em números grandes planos das vítimas, feridas e lacerações profundas provocadas pelos ataques dos animais. (Notícias e TVM, 10/11/00)
Maputo condena a brutalidade da Polícia sul-africana
O Governo de Moçambique condenou a atitude brutal da Polícia sul-africana contra imigrantes moçambicanos denunciada pela SABC. Para Sevene é "incompreensível e inaceitável" uma situação destas numa altura em que já não existe "Apartheid" na África do Sul, que se possa ainda ter agentes da polícia a agirem daquela maneira.
Refira-se que no próximo dia 1 de Dezembro, agentes policiais em número não especificado irão ao tribunal por terem cometido actos idênticos em Agosto último, em Nelspruit. No incidente, um moçambicano foi espancado até a morte e agentes policiais largaram cães para um outro que, entretanto, sobreviveu.
O Ministro da Protecção e Segurança da África do Sul, Steve Tshwete, ordenou a detenção imediata de seis polícias. A ordem de deter os seis agentes foi tomada depois de o canal 3 da SABC, ter apresentado imagens "chocantes" da acção da Polícia. O Governo sul-africano pediu imediatamente desculpas ao Governo Moçambique pelo trágico incidente. (Notícias, 10/11/00)
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Mande uma mensagem para notmoc@iris.co.mz Guiné-Bissau - PRS responde a Fadul
Em comunicado do Conselho Político, o PRS, partido no poder na Guiné-Bissau, condenou a "campanha" aberta e difamatória desencadeada com o intuito de "denegrir a imagem do Governo". O comunicado do PRS é uma resposta às acusações de corrupção lançadas pelo ex-primeiro-ministro, Francisco Fadul.
Sem citar o nome de Fadul, a Comissão Política do PRS escreve que essas acusações visam ainda "desestabilizar o país, a fim de alcançar objectivos ambicionistas, que são incompatíveis com os interesses e anseios do povo Guineense". O comunicado do PRS surge na sequência de declarações de Fadul, que atacou o Presidente guineense, Kumba Yalá, e acusou de corrupção o seu sucessor, Caetano Intchamá, caso que motivou a entrega de queixas cruzadas entre os políticos na Procuradoria. (Notícias, 08/11/00)
Guiné-Bissau - Oposição pede um novo GUN
Para Domingos Gomes Fernandes a actual "crise institucional" que se vive na Guiné-Bissau só poderá ser ultrapassada com a criação de um novo Governo de Unidade Nacional (GUN), pois o actual executivo tem-se mostrado incapaz de trazer o desenvolvimento do país. O espectro de nova intervenção da Junta Militar seria, assim, afastado, dando oportunidade aos diferentes quadros dos vários partidos políticos, da sociedade civil e na diáspora para trazerem, definitivamente, a paz e estabilidade à Guiné Bissau.
Domingos Gomes Fernandes, antigo líder da oposição e ex-presidente do partido RGB/MB defende que "nada justifica mais uma guerra no país". Receando que a actual crise, "não só institucional, mas também social e económica" possa desencadear uma nova intervenção da Junta Militar, aquele político foi claro nas críticas ao Governo, salvaguardando a necessidade de se estabelecer um qualquer pacto, seja ele de regime de salvação nacional. (Notícias, 08/11/00)
Zimbabwe - Produção de tabaco supera a crise de terras
O Zimbabwe produziu e comercializou este ano uma colheita recorde de tabaco, apesar dos problemas causados pelas ocupações de fazendas de agricultores brancos. Estima-se que terão sendo vendidos cerca 232 milhões de quilos, dos quais maior parte já foram exportados. O tabaco é a primeira fonte de divisas no país e, em 1999 este produto forneceu ao Zimbabwe uma receita de 334,5 milhões USD.
A melhor colheita de sempre, até agora, registou-se em 1993 com a venda de 218 milhões de quilos. O Zimbabwe enfrentou este ano vários problemas, entre eles, a ocupação de 1800 fazendas agrícolas pertencentes a fazendeiros brancos, mas o tabaco que já tinha sido plantado sobreviveu. (Notícias, 07/11/00)
Zimbabwe - Oposição quer "arrumar" Mugabe
A direcção do principal partido da oposição do Zimbabwe, MDC, reúne-se a 18 de Novembro corrente para concluir os preparativos de uma acção colectiva, visando forçar o Presidente Mugabe a retirar-se do poder. O líder do movimento, Morgan Tsivangirai, disse que o Conselho do MDC decidirá a forma de desencadear esta acção colectiva. O MDC dispõe de 57 lugares dos 150 totais do Parlamento, e crê ser capaz de fazer pressão para que o Presidente Mugabe se demita e convoque eleições presidenciais antecipadas ou instaure um processo de transição no qual a oposição possa participar.
Entretanto, um porta voz do Presidente Mugabe negou que o Chefe de Estado zimbabweano se estivesse a preparar para sair do país. A notícia foi veiculada por um jornal que avançou que Mugabe está a transferir os seus móveis para o estrangeiro e, pedira asilo político na Líbia e na França. (Notícias, 11/11/00)
RDCongo- Falha tentativa de derrube de Chefe rebelde
Uma tentativa de derrubar o chefe de uma facção rebelde da RDCongo apoiada pelo Uganda, fracassou devido à intervenção do exército ugandês. Soldados favoráveis a Mbusa Nyamwisi, o vice-presidente do movimento rebelde RCD-ML, tomaram de assalto a estação de rádio de Bunia e anunciaram que tinham deposto o presidente Wamba dia Wamba.
Em Maio de 1999, a RCD, um dos principais movimentos rebeldes na RDCongo, dividiu-se em duas tendências: uma dirigida por Wamba dia Wamba, apoiada pelo Uganda, e outra dirigida por Adolph Onusumba e apoiada pelo Ruanda. Para além destas facções, combate o Governo de Kinshasa uma terceira facção rebelde, o MLC, dirigida pelo homem de negócios Pierre Bemba e apoiada pelo Ruanda. (Notícias, 11/11/00)
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