Zimbabwe - Eleições a 24 e 25 de Junho
Após semanas de expectativas, o Governo zimbabweano anunciou que as Eleições Gerais se realizam a
24 e 25 de Junho próximo. O Presidente Robert Mugabe vai confrontar-se com o Movimento Democrático para a Mudança (MDC), ameaçando possivelmente os 20 anos de
poder como Chefe de Estado.
Além do risco da perda da hegemonia política da ZANU-FP, estas eleições ocorrem num
cenário de violência política devido à ocupação de terras de fazendeiros brancos. A Comissão da Supervisão Eleitoral, declarou que a
violência, iniciada em Fevereiro último, já fez 20 mortos. E como tal, não existem condições para eleições honestas. A
oposição zimbabweana considera que o jogo político de democracia está viciado pela violência e intimidações contra opositores.
No entanto, o secretário-geral da Commonwealth teve um encontro com Mugabe. Disse que este aceitou o envio de
observadores da organização para a supervisão do escrutínio e que o Presidente está empenhado na redução da violência no Zimbabwe.
"Tudo indica que sim, pois Mugabe, em conjunto com os antigos combatentes e os fazendeiros brancos, já concordou em criar uma comissão encarregada de supervisionar a
redistribuição das terras de proprietários brancos a negros sem terras". (Notícias 17/05/00)
RDCongo - Kinshasa denuncia ataques da rebelião
O Estado-Maior das forças aliadas de Kinshasa denunciou os "ataques incessantes" da coligação
rebelde contra as posições das forças do Governo, no norte e leste da RDCongo. Num comunicado publicado em Kinshasa, o General Amoth Chingombe, Comandante das tropas
zimbabweanas, angolanas e namibianas dá conta de "várias escaramuças" desde o final de Abril. Nesses conflitos, os rebeldes apoiados pelo Uganda e pelo Ruanda
atacaram posições aliadas nas províncias de Equateur (norte), Kasai (centro) e Katanga (sudoeste).
O General Chingombe pediu "encarecidamente" à Missão de Observadores da ONU na RDCongo e à
Comissão Militar Mista que "ordenassem " aos rebeldes e seus aliados "a cessação imediata de qualquer violação do acordo de paz de Lusaka", assinado em
Julho/Agosto de 1999. (Notícias 15/05/00)
CPLP - Ministros da Defesa reúnem-se em Luanda
Os Ministros da Defesa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), iniciam está
segunda-feira uma reunião destinada a analisar a situação actual da estratégia de globalização da cooperação técnico-militar
em curso. No último encontro, realizado em Cabo Verde em 1999, os titulares aprovaram essa estratégia de cooperação e decidiram desenvolver ainda um programa
de formação e intercâmbio para as forças armadas dos respectivos países até 2010. (Notícias 19/05/00)
Angola - Governo nega ataques à Zâmbia
O Ministro angolano das Relações Exteriores, João Miranda, negou as acusações feitas
pelo Ministro da Defesa da Zâmbia, relativas a incidentes militares na fronteira entre os dois países. Miranda considera que as relações bilaterais estão a
ser "envenenadas". "Ficamos espantados, incomodados, surpreendidos e sem saber o que estará por detrás das intenções dos governantes zambianos ao fazerem
declarações públicas cheias de inverdades," frisou Miranda.
Segundo o Governo zambiano, os referidos incidentes ocorreram durante o mês de Abril. O chefe da diplomacia
angolana comentou-os e disse que não os considera como tal. Desmente acusações de bombardeamento das vilas de Nzie e Jimbe. Confirma que os seus aviões apenas
sobrevoaram as áreas. (Notícias 15/05/00)
África do Sul - Moçambicanos morrem em explosão de mina
Uma explosão de gás metano registada na mina de ouro de Welkom, na África do Sul, provocou a morte
de dois moçambicanos e cinco suthus. Segundo indicam os resultados preliminares, o acidente foi causado por negligência humana mas as investigações policiais
estão em curso para apurar a veracidade do facto.
Na mina de Welkom trabalham actualmente 1 209 moçambicanos, de um total de 75 000 que trabalham neste ramo em
toda a África do Sul. A empresa já garantiu o apoio necessário às famílias enlutadas. (Notícias 18/5/00)
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