Centros acomodam ainda 50 mil pessoas
Perto de 50 mil pessoas desalojadas pelas cheias continuam nos centros de acomodação devido a
limitação em meios materiais para a sua reafixação. Entretanto, cerca de 90% das cerca de 460 000 pessoas que se encontravam nos centros de
acomodação já regressaram às suas zonas de origem ou de reassentamento. Estima-se que, só em Gaza, 234 000 das 284 000 pessoas afectadas
já regressaram as suas zonas de origem ou se fixaram em zonas seguras. (Notícias, 19/06/00)
Libombos livre das fronteiras políticas
Moçambique, África do Sul e Swazilândia rubricaram um protocolo de cooperação que
estabelece uma área de conservação transfronteira. Conhecida como área de conservação transfronteira dos Libombos, a iniciativa visa permitir que
os ecossistemas florestais e faunísticos sejam conservados sem barreiras políticas.
A mesma deverá trazer benefícios económicos, sociais e ecológicos, que proporcionarão
maiores oportunidades para o ecoturismo. Por outro lado, os animais poderão se deslocar normalmente de um país para o outro. (Notícias, 23/06/00)
Há progressos na desminagem da linha de Sena
Parte considerável da linha férrea de Sena, que liga a cidade da Beira às minas de carvão de
Moatize, em Tete, já foi desminada. Com este trabalho espera-se que seja possível a circulação de locomotivas de passageiros numa extensão de 54 km a
partir de Moatize.
Estudo recentes indicam que são necessários cerca de 342 milhões USD para a
reabilitação dos 580 km da linha. Este valor poderá ser disponibilizado pela Itália, uma vez que negociações com a China e com o Canadá
não surtiram efeitos positivos. (Notícias, 23/06/00)
Na HCBeira: Serviços de Anatomia Patológica
No Hospital Central da Beira foram instalados os serviços de Anatomia Patológica, no âmbito de um
financiamento de mais de 150 mil USD, pelos países da OPEP.
Uma vez que aquele hospital não tem pessoal qualificado para os novos serviços, estes serão
assegurados por um médico cubano. Este é o segundo laboratório do género no país. O primeiro funciona há mais de 50 anos em Maputo.
Prevê-se que um terceiro laboratório seja instalado na cidade de Nampula. (Notícias, 23/06/00)
Julgamento dos assassinos de Mpoto prossegue
Os assassinos confessos de Gonçalves Mpoto, cidadão cuja cabeça foi decepada, em Maputo, para
alegadamente ser vendida, foram ouvidos pelo tribunal. Os três criminosos reiteraram na ocasião que agiram a mando de Maulana Shafik Kadiwala, que há cerca de 4 meses
está em liberdade "por falta de provas".
Na audiência foram ouvidos os réus Ali Muchalamo, Armindo A. José (assassinos confessos), Mamade Ali
(intermediário na venda da cabeça) e Bernardo Parafino, um dos agentes da polícia que prenderam os criminosos. A cabeça de Mpoto teria sido encomendada por 100
milhões pelo Maulana Shafik Kadiwala, da Mesquita Babus Salam. (Notícias, 23/06/00)
Incêndio no "Magarrafa" provocou prejuízos de 1 bilião MZM
Os prejuízos resultantes do incêndio do mercado Magarrafa, em Chimoio, ascendem 1 bilião de meticais
(MZM). Segundo a comissão de avaliação dos prejuízos, o montante refere-se apenas à contabilização das mercadorias incendiadas sem incluir
o custo das 44 barracas, mobiliários, electrodomésticos entre outros utensílios carbonizados.
O Município local refere que não vai apoiar financeiramente as vítimas, porque não
está vocacionada à concessão de créditos e por não possuir dinheiro. A edilidade declinou o pedido dos vendedores de construírem barracas
melhoradas, em reposição das incendiadas, sob pretexto de que está em vista a transferência destes para o mercado-feira. (Notícias, 22/06/00)
Inhambane fechou centros de acomodação
A província de Inhambane já reassentou cerca de 738 famílias ora afectadas pelas cheias. Neste
momento está em curso a distribuição de cerca de 3 mil kits de materiais de construção para pessoas já transferidas para as novas zonas
residenciais, a fim de erguerem novas casas. Naquela província foram identificadas quatro zonas para reafixação dos deslocados, designadamente na Vila do Save,
Maluwane, Pande e Pambara. (Notícias, 22/06/00)
Mutilados continuam a expropriar terras
Mutilados de guerra residentes na cidade da Matola, província de Maputo, estão a ocupar terras nos
arredores daquela cidade. Aqueles deficientes julgam-se com razão de o fazer pois isso é o seguimento de um entendimento alcançado com o Conselho Municipal da Matola.
O Conselho Municipal recusa o argumento dos mutilados e afirma que as ocupações são ilegais. Desde a sua desmobilização, aqueles mutilados não
têm terra para habitar. (Notícias, 26/06/00)
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