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Jambinho Zacarias, um menino angolano de dois anos, foi vendido por 500 USD na cidade de Luena, província de Moxico. A mãe da criança, Celeste Jamba, uma viúva de 34 anos de idade, decidiu vender o filho depois de a família do seu marido se ter recusado a prestar qualquer tipo de assistência durante o ano passado, alegando que não tinha condições para criar o menino. A compradora da criança viajou para Luanda logo depois de consumado o negócio, tendo prometido que enviaria a Luena os cobertores, sapatos e roupa solicitados pela mãe de Jambinho.
Celeste Jamba encontra-se detida em Luena, enquanto a Polícia tenta localizar a criança, que alegadamente se encontra na capital angolana com a nova família. A venda desta criança surge como consequência do agravamento da situação humanitária em Luena, onde o crescente número de deslocados de guerra que ali procuram refúgio já ultrapassou as capacidades de apoio das estruturas de ajuda humanitária existentes. (Notícias, 12/01/01)
Angola - Criado fundo para amnistiados
O Governo angolano criou um fundo para o apoiar financeiramente os indivíduos que forem abrangidos pela amnistia aprovada pelo Parlamento, reafirmando que a resolução do conflito armado passa pelo cumprimento do Protocolo de Lusaka. A amnistia, que abrange, todos os que decidirem depor as armas e entregarem-se às autoridades governamentais, foi anunciada pelo Presidente José Eduardo dos Santos no âmbito das comemorações dos 25 anos da proclamação da independência de Angola, em Novembro passado, e posteriormente aprovada pela Assembleia Nacional.
No documento, o Governo de Angola reafirma que "o diálogo para a resolução do conflito deve ter lugar no contexto da conclusão dos compromissos expressos no Protocolo de Lusaka", assinado a 20 de Novembro de 1994 na capital da Zâmbia, entre o Governo e a UNITA, com o objectivo de acabar com o conflito armado no país, mas cuja aplicação foi suspensa devido ao reinício da guerra, em finais de 1998. O Governo de Angola manifestou ainda a intenção de criar condições que permitam a realização de eleições no próximo ano. (Notícias, 13/01/01)
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Mande uma mensagem para notmoc@iris.co.mz RDCongo - Bispo acusado de "subversão" foi liberto
O Bispo auxiliar de Boma, oeste da RDCongo, detido a 28 de Dezembro do ano passado por "actividades subversivas", foi libertado em Kinshasa. Monsenhor Cyprien Mbuka foi detido na cidade de portuária de Matadi e levado para Kinshasa, para o Serviço de Detenção Militar das Actividades Antipatrióticas. Em comunicado, o cardeal Fredrick Etsou, arcebispo de Kinshasa e Presidente da Conferência Episcopal, protestou contra "as detenções arbitrárias" de religiosos e denunciou "as violações dos direitos humanos" de que são alvo. Segundo os meios religiosos de Kinshasa, Monsenhor Mbuka foi vítima de "um verdadeiro conluio, de uma campanha de desacreditação promovida pelos seus pares e respectivos cúmplices", que pretendiam "ver-se livres deste Bispo honesto que havia acabado de ser encarregado das finanças da Diocese". (Notícias, 13/01/01)
Zimbabwe - Polícia detém opositores de Mugabe A Polícia zimbabweana deteve 97 membros do MDC acusados de estarem envolvidos em actos de violência política que originaram um morto no sul do país. O líder do MDC, Morgan Tsivangirai, afirmou que seu partido enviou uma equipa de 50 pessoas para fazer campanha nas eleições parciais de Bekita-Ouest, cerca de 350 km de Harare, a ter lugar este mês e vai deslocar militantes para "defender" os membros do partido. Tsivangirai, que confirmou as detenções, afirmou que a Polícia fez uma busca ao domicílio do candidato do MDC em Bekita-Ouest, Boniface Pakai, à procura da arma que matou Bernard Gara, presumível membro da ZANU-FP, partido no poder. (Notícias, 08/01/01) |
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