UE investe 26 milhões USD para construção de complexo

A União Europeia (UE) está a financiar com cerca de 26 milhões USD a construção de um complexo agro-industrial em Monapo, província de Nampula, que compreende unidades modernas de produção de óleo alimentar e sabão, descasque da castanha de caju e descaroçamento de algodão. A primeira fase do projecto arranca em Abril, com início de laboração da unidade com linhas modernas de descaroçamento de algodão.

O projecto irá empregar quatro mil trabalhadores, e para o abastecimento em matéria-prima às referidas unidades fabris foram preparados 15 mil hectares para o plantio de algodão e 250 mil pés de cajueiros. O equipamento de descaroçamento de algodão é orçado em cerca 6,5 milhões USD e tem uma capacidade de processamento de 30 fardos de fibra/hora. A conclusão das obras do projecto está aprazado para 2003. (Notícias, 29/01/01)

120 mil dólares apreendidos em Ressano Garcia

As Alfândegas de Moçambique apreenderam 120 mil USD na fronteira de Ressano Garcia que iam sair do país em violação do Regime de Exportação de Valores. O dinheiro foi descoberto numa mala escondida entre a roupa de um menor que era acompanhado por um cidadão Paquistanês, comerciante de profissão e cuja identidade não foi revelada.

A apreensão daquele montante deu-se graças a uma operação combinada entre as brigadas móveis das Alfândegas, FAST e os agentes aduaneiros em serviço na delegação de Ressano Garcia, no quadro do "aperto" que é feito aos importadores e exportadores ilegais de mercadorias. (Notícias, 03/02/01)

Conselho de Ministros autoriza 400 mil hectares para 200 Zimbaweanos

O Conselho de Ministros autorizou uma área de 400 mil hectares para a instalação de 200 farmeiros zimbabweanos que estão a abandonar o seu país na consequência da expropriação das terras pelo Governo de Robert Mugabe. O projecto de Desenvolvimento Agrícola (ADP), pertencente a um consórcio de cerca de 200 fazendeiros zimbabweanos, pretende investir um capital inicial de mais de 100 milhões USD em projectos agro-industriais, actividades sócio-económicas, culturais e turísticas localiza-se nos distritos de Bárue e Macossa, na província de Manica e Gorongosa, em Sofala.

O projecto garante 96 mil postos de trabalho a beneficiar na sua maioria a mão-de-obra nacional que será empregue nas fazendas destinadas ao cultivo de cereais, café, oleaginosas, frutícolas, hortícolas e outras culturas. Será cultivado tabaco do tipo Burley e Virgínia, cujo processamento será feito numa fábrica de Chimoio. Por outro lado o projecto prevê a realização de actividade mineira, essencialmente virada à exploração de bauxite e fosfato e pretende ainda alimentar a indústria de adubos e fertilizantes.

Como um projecto deste tamanho pode ser aprovado com a nova Lei de Terras já em vigor não é claro. A nova Lei de Terras permite a emissão de Titulos de Uso e Aproveitamento a estrangeiros apenas depois de residir 5 anos em Moçambique e exige o concenso das comunidades locais. Neste caso é duvidoso como este concenso foi conseguido. (Notícias, 30/01/01)

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