África do Sul - Governo ataca "media" brancos

Essop Pahad, Ministro da Presidência da África do Sul, acusou a imprensa dominada por capitais brancos de "hostilidade cerrada" ao Governo do ANC. Discursando num banquete organizado pelo grupo de comunicação social "Independent Newspapers" na cidade do Cabo, Pahad disse que o ANC está numa posição única no quadro das actuais democracias, pois não tem qualquer representatividade nos "media".

Aquele governante pôs em causa os critérios editoriais e a ética prevalecentes na imprensa, que acusa de ser manipulada por brancos. Para o Ministro, a liberdade e independência de imprensa sul-africana, não pode ser manipulada por pessoas que têm motivos escondidos, pessoas amarguradas por terem perdido posições na transição para democracia e que têm vinganças a levar a cabo. (Notícias, 08/12/01)

Namíbia - Nujoma critica gastos desnecessários

O Presidente da Namíbia, Sam Nujoma, declarou guerra às despesas dos governantes e funcionários públicos apelando para a abolição de gastos desnecessários. Nujoma referenciou como as figuras governamentais de topo e dos funcionários públicos estão a desperdiçar recursos vitais que poderiam ser usados para a luta contra a pobreza.

O Presidente realçou, na primeira reunião deste ano com os membros do seu gabinete, que o desperdício dos meios destinados a projectos de desenvolvimento estavam a esgotar os fundos. Nujoma afirmou que tinha cancelado todas as viagens ao estrangeiro durante este ano, excepto as deslocações para participar na cimeira da Commonwealth, na Austrália, da União Africana, na Líbia, da OUA em Lusaka, assim como uma visita à África do Sul. (Notícias, 09/04/01)

RDCongo - Kabila insiste na retirada dos "agressores"

O novo Presidente congolês, Joseph Kabila, que terminou recentemente o seu périplo no ocidente comprometeu-se a relançar os acordos de paz, cooperar com a ONU e iniciar o diálogo com os rebeldes. Kabila, disse ao Conselho de Segurança da ONU que em conjunto com os seus aliados na guerra contra a rebelião, irá examinar os meios para relançar os acordos para que eles possam conduzir a um cessar-fogo efectivo e estabelecer a paz na região dos Grandes Lagos.

Apelou aos rebeldes para que em conjunto iniciem a discussão da reconciliação para a democratização da RDCongo, assumindo o compromisso de realizar eleições livres e transparentes logo que a paz for alcançada. Reconheceu ainda que o acordo de paz de 1999 não conseguiu por fim ao conflito na RDCongo e devia ser rediscutido. Entretanto, a ONU está a pressionar o presidente do Ruanda, Paul Kagamé, a retirar os seus homens do território congolês. (Notícias, 05/04/01)

Zâmbia - Jovens opõem-se ao terceiro mandato de Chiluba

Dezenas de jovens zambianos marcharam contra a eventual candidatura do presidente Frederico Chiluba para um terceiro mandato na chefia do Estado, instando-lhe a respeitar a lei. Há rumores segundo os quais Chiluba pretende alterar a constituição com objectivo candidatar-se a um terceiro mandato, nas eleições que terão lugar este ano.

A Constituição zambiana estabelece um máximo de dois mandatos, de cinco anos cada, para a presidência da República. Frederico Chiluba, um ex-líder sindical, derrotou Kenneth Kaunda nas primeiras eleições multipartidárias da história da Zâmbia, em 1991, tendo sido reeleito em 1996. Chiluba proibiu um debate no seio do seu partido sobre quem o irá suceder. (Notícias, 05/04/01)

Angola - 12,5 milhões dependentes de ajuda humanitária

O representante do PMA para Angola e Namíbia, Ronald Sibanda, afirmou que são necessários 170 milhões USD para assistência alimentar de emergência às populações angolanas "mais vulneráveis". Sibanda disse que o PMA vai assistir no presente ano um milhão de pessoas, embora os necessitados atinjam os 12,5 milhões. A guerra persistente em Angola coloca os angolanos numa incapacidade de produzir o que leva a depender da ajuda internacional. (Notícias, 07/02/01)

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