Governo questionado recomenda-se

Na sessão de perguntas ao Governo havida no Parlamento, o Primeiro-Ministro, Pascoal Mocumbi, disse que o Executivo está a concentrar esforços para garantir a segurança de pessoas e bens, ajuntando que, ao nível da região da SADC, há acções de cooperação cujos resultados são encorajadores.

Segundo Mocumbi, o Governo aposta na formação da Polícia, na alocação de recursos humanos e materiais, nomeadamente viaturas de patrulha e de transporte de forças, de perseguição, de apoio à investigação criminal, equipamento de controlo rodoviário e de comunicação.

O Ministro dos Transportes e Comunicações, Tomaz Salomão, justificou o fracasso dos voos da LAM Maputo-Dubai-Maputo pelo facto de esta ter sido induzida em erro por pessoas singulares e outras entidades quanto à viabilidade da rota, o que gerou prejuízos à volta dos 900 (?) milhões USD.

O Ministro do Interior, Almerino Manhenje, anunciou que, entre 26 de Fevereiro e 31 de Março, só na cidade de Maputo, a Polícia deteve 3 304 indivíduos, desmantelou 36 quadrilhas de malfeitores, apreendeu 460 viaturas devido a várias anomalias mecânicas e alteração das características originais. Fora destas apresentações, não houve mais nada relevante, senão referir que os deputados não estão à altura de questionar o executivo, que passou a prova sem dificuldades. (Notícias, 04/04/01)

Polícia espanca e detém indiscriminadamente

Não obstante as evidências apresentadas pelo Ministro do Interior no informe ao Parlamento, as detenções realizadas pela Polícia são, na sua maioria, arbitrárias e violentas. No Bairro Luís Cabral, na noite do dia 30 de Março, a actividade da Polícia fez recordar os tempos do "apartheid" nos subúrbios negros de Soweto, na África do Sul, quando por volta das 21 horas iniciou uma vaga de detenções ilegais em celas improvisadas, incluindo casas de banho. A população foi obrigada a proteger-se tanto dos ataques da polícia como dos malfeitores que ainda pululam impunes. (Notmoc, 04/04/01)

Militares moçambicanos em missão em Timor-Leste

Um grupo constituído por 10 polícias militares (PM) das Forças Armadas de Moçambique (FADM), que se encontrava em missão de paz em Timor-Leste, regressou recentemente ao país. O grupo, que deixou o país no dia 29 de Abril do ano transacto, esteve integrado na Missão de Administração Transitória do Território da ONU (UNTAET). Outros 10 PM partiram, em finais do mês passado, para a missão da ONU em Timor-Leste. (Notícias, 07/04/01)

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