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Ano 03 - Edição 26 - 27 de Agosto de 2001
 

ECONOMIA E INDÚSTRIA


 
ABSA ganha reprivatização do Banco Austral

O Amalgamated Banks of South Africa (ABSA) venceu o concurso para a reprivatização do Banco Austral em virtude de ter satisfeito as condições exigidas pelo Governo no seu caderno de encargos. Com efeito, o ABSA, um dos quatro bancos mais importantes da África do Sul, vai assumir em parceria com o Estado a gestão do Banco Austral, detendo 80% das acções.

Aquela instituição concorria para o efeito com o Banco Comercial e de Investimentos, cujo capital social está repartido em 60% para a Caixa Geral de Depósitos de Portugal e 40% para o grupo financeiro moçambicano SCI. Entretanto, o Governo descarta a hipótese de ter optado pelo ABSA para diversificar o sistema financeiro nacional, dominado por interesses do capital português. Refira-se que este banco sofreu, no ano 2000, um prejuízo estimado em 1 400 milhões de contos. (TVM, 07/08/01)


Privatizações despediram 14 mil em Nampula

Na província de Nampula, 13 929 trabalhadores perderam os seus postos de trabalho, desde que o processo de privatizações arrancou no país. Estes dados estão contidos num relatório da Organização dos Trabalhadores de Moçambique (OTM-CS) que, entretanto, não faz referência aos 650 trabalhadores que a empresa dos Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique-Norte vai desvincular.

A maior parte da força de trabalho despedida fazia parte dos efectivos que integravam as fábricas de descasque de caju, com mais de 6 mil operários, indústria têxtil, com mais de 1000, de bebidas e refrigerantes com cerca de 2 mil e os restantes dos sectores de madeira, comércio e serviços. (Notícias, 24/08/01)


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MOZAL atinge produção máxima

A fundição de alumínio MOZAL, localizada nos arredores da cidade de Maputo, acaba de atingir a sua capacidade máxima de produção de cerca de 250 mil toneladas de alumínio bruto por ano, o que representa mais de 1% da produção mundial daquele metal. O feito foi conseguido com uma antecipação de seis meses em relação à data prevista aquando do lançamento do projecto.

Atingido o pico de produção na fundição, na sua primeira fase, espera-se que o Produto Interno Bruto de Moçambique suba em cerca de 7%. Com a entrada em funcionamento da fundição MOZAL a produção de alumínio da região austral de África aumentou em cerca de 5% a quantidade do metal até então colocada no mercado mundial. (Notícias, 23/08/01)


Investidos 89 milhões USD em seis meses no Norte

Segundo o Centro de Promoção de Investimento (CPI) na cidade de Nampula, foram investidos nas três províncias do Norte do país ao longo do primeiro semestre do ano em curso cerca de 89 milhões USD em diversos projectos. O montante foi desembolsado por investidores nacionais e estrangeiros para a implementação de projectos nas áreas de agricultura, agro-pecuário, indústria transformadora, turismo, construção civil e transportes. Esses projectos proporcionaram 2 255 novos postos de trabalho.

A província de Cabo Delgado é a que conheceu maior investimento, com 81 milhões USD, comparativamente à de Nampula, que absorveu 7,5 milhões, ao longo do período em alusão. Entretanto, a província do Niassa não absorveu nenhum investimento, facto que, de acordo com o CPI, se deve principalmente à acelerada degradação das suas vias de acesso, que desmotiva os potenciais investidores. (Notícias, 22/08/01)

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