Governo condena atentados terroristas contra EUA
O Governo moçambicano expressou através de um comunicado o seu pesar e profundo choque na sequência dos recentes atentados terroristas contra os Estados Unidos.
O Governo, que condena os atentados, afirma que "não há nenhuma razão ou motivação pode justificar o recurso a actos daquela natureza". Igualmente, "reitera o seu compromisso e plena adesão aos instrumentos internacionais que visam prevenir e sancionar este tipo de actos" (Notícias, 12/09/01)
Na cidade da Beira: Frelimo reúne 1300 quadros
Cerca de 1300 quadros da Frelimo estão reunidos na cidade da Beira, para reflectir, entre outras questões, sobre os desafios futuros do partido e do país. Com uma agenda "aberta", os militantes do partido pretendem esboçar as linhas gerais que vão subsidiar o anteprojecto de teses ao VIII congresso. Entretanto, o combate a corrupção é o ponto da agenda que está a polarizar os debates.
O encontro, de carácter consultivo, deverá também abordar problemas tais como a carestia da vida, as assimetrias regionais, os males que enfermam os sectores da Saúde e Educação, a corrupção, o funcionamento dos municípios e das autoridades comunitárias, a problemática do HIV/SIDA e a criminalidade. (Notícias, 14/09/01)
Sérgio Vieira critica Frelimo
Sérgio Vieira, um dos quadros da primeira geração da Frelimo, escreveu recentemente que o partido perdeu "alguma personalidade" por causa de "elites" partidárias que "se identificam com (...) as castas nacionais que apenas servem de intermediárias de interesses do grande capital estrangeiro". Vieira adverte que o passado da Frelimo não garante a vitória nas eleições.
Ajuntou que uma eventual vitória da Renamo levaria à "liquidação física de muitos que edificaram o país". Vieira, que tem sido um dos mais pronunciados opositores à criação da "terceira força", apela para que a conferência da Beira "se traduza em ofensivas ideológicas e organizacionais que arranquem a Frelimo da tolerância com o intolerável". (Notícias 10, Domingo 09/09/01, MOL)
PADEMO pretende aliar-se à Frelimo
O partido PADEMO poderá aliar-se à Frelimo nas próximas eleições autárquicas, presidenciais e legislativas agendadas para 2003 e 2004, respectivamente. Segundo Wehia Ripua, líder do PADEMO, a coligação com a Frelimo visa garantir a unidade nacional que a Renamo-UE está a colocar em perigo, "através de discursos de ódio e vingança".
O PADEMO, julga que nesta fase "apenas a Frelimo, no poder, pode garantir a unidade de todos os moçambicanos; condição essencial para a consolidação da paz, aprofundamento da democracia e desenvolvimento nacional". Na "visão estratégica" daquele partido o futuro de Moçambique coincide em vários aspectos com os ideais da Frelimo. (Notícias, 13/09/01)
Kachamila expulsa pobres das suas terras
Cerca de 18 comunidades pobres da região de Queuene, no distrito de Vilanculos, serão expulsas das suas terras para dar lugar a um complexo turístico denominado "Vilanculos Coastal Wildlife Sanctuary". As mais de mil pessoas a serem expulsas são analfabetas e a sua sobrevivência é assegurada pela pesca e agricultura de subsistência.
O projecto, de origem sul-africana, conta com a participação do Ministro moçambicano de Coordenação da Acção Ambiental, John Kachamila, que detém 23% das acções. A iniciativa está a avançar sem estudo de avaliação do impacto ambiental, que, nos termos da lei moçambicana, deve dar particular atenção ao impacto social. Com efeito, já foram vendidos pelo menos 27 dos 50 lotes para residências de férias, a 100 000 USD cada.
O empreendimento abrangerá uma área de 35 mil hectares de reserva natural, que será vedada, impedindo o acesso à praia numa extensão de cerca de 70 km. A área, rica em biodiversidade, alberga cicadáceas raras e espécies marinhas em perigo de extinção, como os dugongos e as tartarugas-marinhas. (Mail & Guardian 07, Metical 13/09/01)
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