África do Sul - Privados e governo contra o crime
O vice-presidente da África do Sul, Jacob Zuma, entende que a luta contra o crime no país está a
ser sucedida, graças à cooperação entre o governo a iniciativa privada. O optimismo de Zuma foi manifestado após o encontro que manteve com
responsáveis do "Businees Against Crime" (BAC), uma iniciativa privada contra o crime. O BAC afirma ter conseguido reduzir a criminalidade em Joanesburgo e na cidade do Cabo em
cerca de 80%, áreas em que instalou câmaras de televisão, que asseguram uma vigilância contínua em circuito fechado.
O sistema, que opera em ligação com a Polícia, permite que as patrulhas sejam guiadas no terreno,
durante a perseguição de suspeitos. Entretanto, Portugal pretende que a União Europeia defina uma estratégia para apoiar a África do Sul na luta contra
o crime violento. Refira-se que cerca de 20 mil sul-africanos foram assassinados em 2000, naquele país. (Notícias e RTP-África, 01/02/02)
Zimbabwe - SADC protesta contra sanções
Embaixadores dos países membros da SADC em Londres protestaram contra a inclusão da questão do
Zimbabwe na agenda de trabalhos da reunião ministerial da Commonwealth, realizada na capital britânica. Numa carta dirigida ao secretário-geral da Commonwealth, Don
McKinnon, aqueles embaixadores diziam que "não havia razões" para que a situação no Zimbabwe fosse discutida no encontro.
A Commonwealth reuniu-se em Londres para determinar, a pedido de Londres, se vai tomar alguma decisão contra o
Zimbabwe. A suspensão daquele país da Commonwealth, constituída por 54 países, só poderá ser aprovada na cimeira de chefes de Estado e de
Governo, que terá lugar em Março próximo, na Austrália, uma semana antes das eleições zimbabweanas. (Notícias, 31/01/02)
Zimbabwe - Mugabe aceita observadores
O presidente do Zimbabwe, Robert Mugabe, convidou observadores de várias regiões do mundo para as
eleições presidenciais de Março próximo, mas excluiu os britânicos. Mugabe convidou observadores da Commonwealth, SADC, União Europeia,
Nigéria, OUA, Mercado Comum para a África Austral e Oriental, ACP, Movimento dos Não-Alinhados e CEDEAO. Entretanto, asseverou que essas delegações
não devem integrar membros da Grã-Bretanha.
O governo zimbabweano havia banido observadores internacionais de processo eleitoral. Entretanto, devido às
pressões da UE, o governo de Harare mudou de posição e decidiu aceitar 22 mil observadores. O Zimbabwe acusa o Reino Unido, antiga potência colonial, de apoiar
a oposição, com o objectivo de restabelecer o colonialismo no país. (Notícias, 29/01/02)
Zimbabwe - Iniciou corrida à presidência
A corrida à presidência zimbabweana começou esta semana com o registo das candidaturas dos dois
principais concorrentes, o presidente Robert Mugabe e o líder do MDC, oposição, Morgan Tsvangirai. Entretanto, o líder do MDC acusa Mugabe de estar a impedir a
realização de manifestações e comícios da sua candidatura. Tsvangirai denunciou igualmente que a sua candidatura não tem acesso aos
órgãos de comunicação social estatais.
Recentemente foi aprovada, pelo Parlamento zimbabweano, a nova lei de imprensa, bastante restritiva. Essa lei atribui ao
governo amplos poderes para atribuir licenças de trabalho a jornalistas e registar organizações de imprensa. Também prevê severas
penalizações para os infractores. Refira-se que Mugabe, 77 anos de idade, governa o país desde a independência desde 1980. (Notícias,
02/02/02)
Guiné-Bissau - Governo repensa financiamentos
O primeiro-ministro na Guiné-Bissau, Alamara Nhassé, pretende "repensar" a forma de projectos financiados
pela comunidade internacional, para evitar "gastos supérfluos" num país com "grandes carências". Nhassé defendeu esta ideia numa visita às obras duma
ponte sobre um rio, perto de Bissau, a propósito da construção de cerca de uma dezena de casas "muito luxuosos" para alojamento dos técnicos. O chefe do
governo de Bissau julga que "com esse dinheiro, se poderia construir um hospital ou a uma maternidade". (Notícias, 02/02/02)
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