Situação alimentar crítica no Zimbabwe

Zimbabwe recebeu no início do mês em curso cerca de 5 mil toneladas de milho branco da África do Sul, das 200 mil toneladas cuja chegada se prevê para o mês de Maio. As reservas estratégicas, estimadas em 10 mil toneladas no início do mês, apenas garantem o consumo para dois dias, naquele país. A nova colheita que arranca em Maio/Junho, está ameaçada por cheias e secas em várias zonas.

A situação alimentar continua crítica pois os stocks de farinha de milho, óleo alimentar e açúcar estão a esgotar-se nas lojas. Estas carências ocorrem na maior parte das zonas rurais, numa altura em que as reservas de cereais dos camponeses estão também a esgotar-se. Devido à escassez deste cereal, os preços de milho duplicaram nos meados de Janeiro em relação ao mês de Outubro do ano passado, em apenas 3 meses.

Ao mesmo tempo, no Malawi existe um défice do milho. Apesar de a colheita de 2001/2 ter sido boa, os stocks de milho não satisfazem as necessidades de consumo daquele país. O Malawi prevê importações de 150 mil de toneladas, das quais já chegaram 40 mil. Na Zâmbia a situação alimentar mantém-se deficitária devido ao ritmo lento das importações de milho. No total prevêem-se importações de 150 mil toneladas de milho, das quais foram recebidas 26 mil. (Notícias, 15/02/02)

Depois de Nampula: Peste suína atingiu Sofala

Os serviços de pecuária estão preocupados com a morte, durante a semana passada, de 460 porcos em Gorongosa, província de Sofala. Segundo as análises clínicas preliminares, o surto que vitimou aqueles animais é a peste suína. Essa peste é endémica naquela província, isto é, os animais são portadores sintomáticos do vírus causador da doença.

O distrito de Gorongosa tem 16 mil suínos e é tido como um grande criador da espécie. O surto de peste suína eclodiu em Dezembro último na província de Nampula e foi controlada depois de ter causado a morte de mais de 5 mil animais. (Notícias, 11/02/02)

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