Angola - Savimbi morto
A morte de Savimbi, lê-se no comunicado assinado pelo MPLA, ocorreu "numa acção militar contra as forças
terroristas savimbistas de que resultou a morte de vários elementos", numa região a sul do Munhango, Moxico. O porta-voz do Governo angolano afirmou que o corpo do
líder do Galo Negro - supostamente cravado de balas - está na posse das Forças Armadas e que será mostrado publicamente.
Para o porta-voz de José Eduardo dos Santos, a morte do líder histórico da UNITA constitui "a remoção
de um obstáculo do processo de paz" em Angola e "vai debilitar ainda mais" a guerrilha, que perdeu agora a sua "bandeira". O movimento de Savimbi não confirma,
porém, a notícia. "Não nos vamos pronunciar sobre isso. O Governo angolano anunciou muitas vezes a morte e a prisão do Dr. Jonas Savimbi", afirmou uma fonte
da UNITA.
Entretanto, o Governo angolano confirmou a visita de José Eduardo dos Santos aos Estados Unidos na próxima semana. Uma
visita cujo carácter, consideraram, pode ser modificado, caso a notícia da morte de Savimbi se confirme efectivamente. O Presidente angolano chegará a Washington no
dia 26, para encontrar-se com Bush, Joaquim Chissano e Bakili Muluzi, os Presidentes dos Estados Unidos, Moçambique e Malawi, respectivamente. (TVM, 23/02/02)
Zimbabwe - Ataque fere observadores sul-africanos e oposição
Dois observadores eleitorais sul-africanos e pelo menos 5 membros da oposição ficaram feridos na sequência de um
ataque levado a cabo pelo partido no poder. O MDC, partido da oposição, explicou, num comunicado que "pelo menos 200 partidários da ZANU-FP, o partido no poder,
armados com pedras, barras e matracas, atacaram os seus escritórios, em Kwekwe".
O ataque aconteceu momentos antes de os dirigentes do MDC se reunirem com uma delegação de observadores eleitorais para
fazerem um balanço da situação. No passado dia 16 de Fevereiro, 25 pessoas morreram em consequência da violência política no Zimbabwe. No mesmo
dia foram registados inúmeros casos de tortura, raptos e agressões. (TVM, 23/02/02)
RDCongo - Conversações de paz ameaçadas
O líder de um dos principais grupos rebeldes congoleses, o Movimento para a Libertação do Congo, recusa-se a participar nas negociações para a paz marcadas para esta semana, na cidade sul-africana de Sun
City. Jean-Pierre Bemba alega não ter havido transparência na escolha
dos partidos políticos que tomarão parte nas conversações, partidos que, segundo ele, são todos pró - governamentais.
Governo, grupos rebeldes e oposição não armada foram convocados para se sentar à mesma mesa durante 45 dias e
procurar consensos quanto ao futuro do seu país. A decisão de Jean-Pierre Bemba não tem o apoio do Uganda, país que ajudou a criar o Movimento rebelde de que
é líder. O outro dos dois principais movimentos rebeldes, o Movimento Congolês para a Democracia, já confirmou a sua participação nas
negociações para a paz no Congo. (TVM, 20/02/02)
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