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Ano 04 - Edição 16 - 22 de Abril de 2002
 

POLÍTICA


Parlamento encerra caso Montepuez

Depois de sucessivos adiamentos, o relatório sobre o caso Montepuez passou para os arquivos do Parlamento moçambicano. O polémico documento da autoria de uma comissão criada para investigar os acontecimentos de 9 de Novembro de 2000 foi adiado sine die por não haver vontade política da oposição para a sua apreciação em plenária.

Dionísio Quelhas, deputado da Renamo, disse que a Frelimo pretende humilhar a Renamo e o seu líder, Afonso Dhlakama. O adiamento não significa esquecer o caso Montepuez, justifica Armado Guebuza, chefe da bancada da Frelimo. A Frelimo diz ter sido o partido que mais se interessou pela apresentação do relatório. (TVM, 17/04/02)


Novo hino gravado na África do Sul

A versão final do novo hino nacional foi gravada na África do Sul. "Pátria Amada", o novo hino de Moçambique, vai ser aprovado em definitivo ainda este mês pela Assembleia da República. A Comissão da Assembleia da República para a revisão do hino nacional tem estado em permanente contacto com os co-autores do hino e com musicólogos.

O novo hino nacional é composto por quatro quadras que evocam a memória de África, o heroísmo dos moçambicanos, o patriotismo, as riquezas naturais e a unidade nacional. (TVM, 18/04/02)


CPLP discute Defesa

Os Chefes militares da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) querem estruturar as forças armadas dos sete. A formação, o aperfeiçoamento das técnicas militares e treinos conjuntos constam do rol de recomendações do IV Encontro dos Chefes do Estado Maior General das Forças Armadas da CPLP realizado em Maputo.

Na sequência do programa integrado de intercâmbio e formação militar está a ser instalado na capital moçambicana o Centro de Análise Estratégica da CPLP. O centro irá funcionar nas antigas instalações do Tribunal Militar. (TVM, 16/04/02)


Defesa cria "livro branco"

As actividades do sector da Defesa nacional vão deixar de constituir segredo de Estado. O ministério quer criar um "livro branco", onde estará transparente a organização e o fundamento do exército. A decisão foi tomada no Conselho Coordenador do ministério.

Generais, altos oficiais e quadros seniores do ministério discutiram ainda a falta de recursos humanos, materiais e financeiros. As despesas públicas do sector consomem actualmente 6,2% do Orçamento Geral do Estado. O serviço militar também esteve em análise.

Com cerca de 11 mil homens, as Forças Armadas de Defesa de Moçambique continuam muito aquém do número de soldados determinados pelo acordo geral de paz assinado entre o governo e a Renamo em 1992, fixado em 30 mil homens. (TVM, 18/04/02)


NEPAD apresenta-se à sociedade civil moçambicana

Maputo acolheu um encontro sobre a nova Parceria para o Desenvolvimento de África (NEPAD). A reunião, financiada pelo Canadá, visou divulgar o NEPAD à sociedade civil moçambicana. Além da divulgação, os organizadores esperam recolher contribuições sobre o que deve ser feito para a erradicação da pobreza absoluta em Moçambique, SADC e África em geral.

Os primeiros debates realçaram o atraso das economias africanas, a fraca capacidade de atracção de investimentos e parcerias. A instabilidade sócio-política caracterizada pelas guerras e más lideranças africanas também foram apontadas como factores determinantes na perpetuação da pobreza em África que afecta mais de metade dos cerca de 350 milhões de africanos.

As contribuições da sociedade civil vão enriquecer o documento dos governos africanos a ser apresentado na conferência do G-8 em Agosto próximo. Uma conferência em que, pela primeira vez, os oito países mais ricos do mundo integram África na sua agenda. (TVM, 16/04/02)

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