CC confirma Guebuza como secretário-geral
O Comité Central da Frelimo (CC) elegeu Armando Guebuza para o cargo de secretário-geral da Frelimo e
candidato do partido às presidenciais de 2004. Aquele órgão elegeu ainda Joaquim Chissano para o cargo de presidente do partido, a Comissão Política, e
o secretariado.
O novo CC, órgão máximo do partido - saído do VIII Congresso, é composto por 60% de
membros para a continuidade, 30% para a renovação e por 10% que ingressaram através de disputa. Na renovação foram admitidos apenas 4 jovens.
(Notícias, 17/06/02)
Emendas nos estatutos do partido e no hino
O VIII congresso aprovou o programa e os estatutos do partido, que sofreram alterações. Nos estatutos foi
introduzido, por exemplo, um artigo que trata dos deveres dos membros e dirigentes do partido. Este prevê, num dos pontos, que os dirigentes do partido são obrigados a
declarar o património e o seu rendimento.
No hino do partido, o verso que dizia "na luta contra a burguesia" foi substituído por "luta pelo progresso"
(será porque os burgueses são eles?). Refira-se que o VIII Congresso da Frelimo consumiu pouco mais de 17 biliões de meticais em 5 dias. (Notícias,
17/06/02)
"Financial Gazette": Chissano é exemplo para África
A renúncia do presidente Joaquim Chissano a novo mandato presidencial em 2004 é vista como um exemplo para
os líderes emergentes em África. Num artigo publicado no jornal zimbabweano Financial Gazette, o jornalista Sidney Masamvu considera que essa atitude é um
exemplo pertinente para o presidente Mugabe, bem como para Bakili Muluzi, do Malawi, e Sam Nujoma, da Namíbia.
Refira-se que Chissano emergiu após a morte de Samora Machel, em 1986, enquanto que Robert Mugabe dirige o
Zimbabwe desde 1980. Em princípios da década de 90, os companheiros de Mugabe, nomeadamente Kenneth Kaunda, então presidente da Zâmbia, Kamuzu Banda, do Malawi,
e Julius Nyerere, da Tanzania, deixaram também o caminho a sangue novo. (Notícias, 18/06/02)
Demitido director da PIC
O director da Polícia de Investigação Criminal, António Frangulis foi destituído do
cargo. O então director da PIC, que se notabilizou no "Massacre de Montepuez", será ouvido pelo Tribunal Judicial de Maputo, numa audiência sobre o processo Albano
Silva.
Frangulis, tido como arrogante, é acusado pelos respectivos colegas de má gestão da PIC.
Entretanto, foi destituído por conveniência de serviço. Para o seu lugar foi nomeado Alexandre Covele, um veterano da Polícia. (Savana, 21/06/02)
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