Discute-se em Maputo insegurança alimentar
Segundo a organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO)
são necessários 1,2 milhões de toneladas de cereais para ajudar 12,8 milhões de pessoas nos próximos nove meses. A situação é grave
no Zimbabwe, Malawi, Zâmbia, Lesotho, Suazilândia e em algumas zonas de Moçambique.
Falando em nome do governo moçambicano o ministro da Coordenação da Acção Ambiental,
John Kachamila, disse que os escassos recursos de que os países da região dispõem exigem uma concertação de esforços para a
resolução dos problemas comuns que afectam estes países.
O encontro dos ministros da agricultura, alimentação e recursos naturais da região austral procura
fazer uma reestruturação destas áreas para que a actividade agrícola não seja refém de condições climáticas. A fome em
África levou a FAO a lançar um apelo aos países doadores de uma contribuição de 507 de USD em alimentos. (Televisão de Moçambique
5/07/02)
Moçambique e Malawi controlam comércio de tabaco e milho
Moçambique e Malawi vão estabelecer mecanismos para o controle do comércio trans-fonteiriço
de tabaco e cereais, produtos que fogem ao controlo das autoridades alfandegárias, prejudicando as economias dos dois países.
Este ano Moçambique prevê produzir 22 mil toneladas de tabaco. A cifra representa um aumento de 20% em
relação à última campanha. Toda a produção moçambicana deverá ser processada no vizinho Malawi, uma vez que o país
não tem uma unidade de processamento. Moçambique também está interessado na assessoria dos malawianos na revitalização da produção
do chá e no controlo do gafanhoto vermelho. Uma missão de funcionários dos Ministérios da Agricultura e do Comércio de Moçambique deverá
deslocar-se ao Malawi em Agosto para definir os princípios que culminarão com acordos bilaterais sobre o comércio trans-fronteiriço. (Televisão de
Moçambique 4/07/02)
Cooperação agrária e pecuária com sul-africanos
Moçambique e a África do Sul assinaram um acordo de cooperação nas áreas da
agricultura e pecuária. As actividades de cooperação vão consistir na assistência técnica, laboral e formação profissional. O acordo
assinado pelo ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Helder Muteia e pela ministra sul-africana da Agricultura, Thoko Didiza, estabelece igualmente a utilização de
facilidades laborais e a troca de programas para o melhoramento da produção vegetal e fertilizantes do solo. (Televisão de Moçambique 5/07/02)
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