Porto de Maputo adjudicado por 15 anos
O Governo moçambicano decidiu adjudicar a gestão do Porto de Maputo por um período de 15 anos a um consórcio liderado pela empresa britânica "Mersey Docks and Harbour Company". Esse consórcio fará um pagamento inicial ao Estado moçambicano de 5 milhões USD. O valor total de investimento previsto para a reabilitação das infra-estruturas do porto é de cerca de 100 milhões USD.
O Governo pretende, com a adjudicação da gestão do porto, prosseguir a reabilitação das infra-estruturas deste, nos aspectos de manutenção, gestão e dragagem, para atingir cargas anuais acima dos 8 a 10 milhões de toneladas e transformá-lo numa preferência dos operadores nacionais e da região. (Notícias, 15/08/00)
RAS analisa reclamações dos moçambicanos
O Executivo da República da África do Sul (RAS) "está a analisar" as reclamações apresentadas pelos moçambicanos ilegais naquele país, segundo as quais são humilhados e despojados dos seus bens pela polícia daquele país quando são repatriados. Estas foram as declarações proferidas pelo Ministro sul-africano da Segurança, Steve Tshwete, momentos depois de proceder à entrega formal dos "Casspirs" à Polícia moçambicana. Tshwete acrescentou que qualquer operação de género deve ser feita respeitando os direitos humanos".
A par do discurso de Tshwete, o Ministro moçambicano do Interior, Almerino Manhenje, disse que os "Casspir" entregues a Polícia serão usados para a manutenção da paz e estabilidade. Os "Casspir" são veículos para todo o terreno, especializados para o transporte de forças paramilitares e munidos de instrumentos para "desencorajar" acções criminosas, tidos na África do Sul como símbolo da repressão pelo regime de "apartheid". (Notícias, 15/08/00)
Aposentados receberão incremento de apenas 16% As pensões de reforma pagas aos funcionários aposentados do Aparelho do Estado, beneficiam do incremento de 16% recentemente aprovado pelo Governo, com efeitos retroactivos a partir de 1 de Julho último. Os pensionistas do Estado partilham assim o benefício junto com os trabalhadores da indústria e comércio, do Aparelho do Estado e do sector privado cujos vencimentos se situam acima do salário mínimo nacional, fixado em 568.980,00 meticais. No entanto, refira-se que há ainda pensionistas que auferem muito menos do que este mínimo, havendo quem receba cerca de 150 mil meticais, com anuência do Governo. (Notícias, 15/08/00) Renamo diz que está fora das manifestações
Reagindo à notícia veiculada ontem pelo jornal "Notícias" Renamo refuta todas as informações e assegura que não está por detrás de "nenhuma manifestação pública à escala nacional", pelo que se tal acontecer "será da própria população, que se sente humilhada pela imposição do Governo à força das armas policiais".
O Secretário-Geral da Renamo, João Alexandre, deslocou-se pessoalmente ao "Notícias" para explicar que o seu partido não está a organizar nenhuma manifestação, mas sim, através do seu líder, Afonso Dhlakama, jurou que "nunca mais apelaria à calma e ao bom-senso dos moçambicanos que pretendam manifestar-se contra a má governação da Frelimo". Alexandre acrescentou que "a Renamo nunca e jamais reconhecerá o Presidente da Frelimo, Joaquim Chissano, como Presidente da República de Moçambique, bem assim o seu Governo". (Notícias, 15/08/00)
Notícias de ontem (14 de Agosto): Terra: mais de oito mil pedidos aguardam resposta |