Moçambique on-line


Notícias do dia 8 de Setembro 2000

Elisa Cossa não vai correr por Moçambique

A velocista moçambicana Elisa Cossa foi impedida de entrar na Vila Olímpica, em Sidney, alegadamente pelo facto de o seu nome não constar na lista de outras atletas que reúnem os tempos mínimos para participar na prova dos 100 metros femininos durante os Jogos Olímpicos, que arrancam no próximo dia 15 de Setembro. Elisa deixara Maputo no passado dia 2 do mês em curso, na companhia de outros atletas moçambicanos e chegou à capital dos Jogos Olímpicos da Austrália no dia 4. Os organizadores dos jogos dizem que o tempo de 11.60 segundos que Elisa fizera na Espanha não consta dos registos da Federação Internacional de Atletismo Amador (IAAF).

Assim, a participação de Moçambique fica reduzida apenas a cinco atletas nomeadamente Lurdes Mutola, Argentina da Glória, Jorge Duvane, Ilídio Matusse e Tânia Anacleto. De recordar que Elisa partira para Espanha com o tempo de 11.61 segundos, tendo, segundo a Federação Moçambicana de Atletismo, baseando-se num telefonema do seu treinador, Stélio Craveirinha, melhorado em um centésimo a sua marca e ganhando, consequentemente, o direito de participar nas Olimpíadas de Sidney-2000. (Notícias, 08/09/000)

Moçambicanos assinalaram o dia da vitória

Foi assinalada ontem em todo o país o 7 de Setembro, o 26° aniversário da vitória do povo sobre o colonialismo português. Diversas actividades políticas, culturais entre outros caracterizaram as festividades que, em Maputo, culminaram com a deposição de uma coroa de flores no monumento aos Heróis Moçambicanos. O Primeiro-Ministro, Pascoal Mocumbi, explicou que, ao fim de 10 anos de guerra em Moçambique contra os colonialistas portugueses, o 7 de Setembro trouxe aos cidadãos o orgulho de ser moçambicano.

Para Mocumbi, o 7 de Setembro para além de representar o Dia da Vitória, tem também significado histórico para o povo português, razão por que este país europeu ocupa lugar privilegiado nos esforços de Moçambique na busca de parcerias para o desenvolvimento da economia nacional. Quase toda a oposição "gazetou" e Pascoal Mocumbi disse que os poucos que foram à Praça dos Heróis representam um crescimento paulatino da consciência patriótica no seio dos moçambicanos.

Máximo Dias, deputado da Assembleia da República pela Renamo-UE, presente na Praça dos Heróis, disse que nunca confundiu partidos políticos com o Estado, tanto é que o 7 de Setembro é Dia da Vitória de todos os moçambicanos. Refira-se que a 7 de Setembro de 1974 foram assinados os Acordos de Lusaka entre o Governo colonial português e a Frelimo, através do falecido Presidente Samora Machel, pondo fim a 500 anos de dominação portuguesa em Moçambique. (Notícias, 08/09/000)

Chissano recebe representantes da CPLP

O Presidente da República, Joaquim Chissano, que se encontra desde a passada segunda-feira em Nova Iorque, para tomar parte na "Cimeira do Milénio", recebeu ontem no hotel onde está hospedado, os seus homólogos da CPLP, com quem teve um pequeno almoço de trabalho. Tomaram parte no encontro os presidentes de São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Cabo-Verde, para além do Primeiro-Ministro de Portugal, António Guterres, o vice-Presidente do Brasil, Marco Maciel e João Miranda de Angola, uma vez que os respectivos presidentes não se encontram em Nova Iorque. O encontro, no qual a Secretária Executiva da CPLP, Dulce Pereira, também esteve presente, serviu para passar em revista os últimos desenvolvimentos no quadro das relações entre os diferentes países, mas também sobre a cena política internacional.

Chissano, que discursou na quarta-feira na Assembleia de Chefes de Estado membros da ONU, tem mantido encontros com diversas personalidades presentes em Nova Iorque para tratar questões de natureza bilateral. Depois de receber Ibrahim Gambary, subsecretário-geral da ONU, com quem discutiu a situação prevalecente na RDCongo e em Angola, Chissano tomou parte num fórum denominado Digital Divide, referente ao desenvolvimento tecnológico na informática. (Notícias, 08/09/000)

Alfândegas refutam acusação

As Alfândegas de Moçambique desmentiram as alegações de alguns expositores estrangeiros na FACIM-2000, segundo as quais aquela instituição aduaneira está a aplicar taxas elevadas para importações destinadas à feira. As alfândegas reagiam a tais acusações que alegadamente estariam na origem da fraca participação de expositores, fundamentalmente estrangeiros, nesta edição da feira. A Direcção Nacional das Alfândegas explicou que o que está sendo feito é a aplicação de uma série de medidas para desencorajar oportunistas que exploram eventos como feiras internacionais para vender os seus produtos, sem o pagamento de direitos alfandegários, pelo que estão sendo aplicadas as disposições do Diploma Ministerial de 24 de Agosto de 1999. Essa disposição exige a efectivação de um depósito para mercadorias importadas temporariamente e destinadas à exposição, o qual é reembolsado uma vez reexportadas as mercadorias. Só cinco países estão representados na FACIM-2000, contra mais de dez na edição do ano passado. (Notícias, 08/09/000)

Leia também:
notícia de quarta-feira: FACIM-2000: Há violação das regras de importação temporária

Notícias de ontem (7 de Setembro):

32 mortos e 17 feridos num acidente de viação

Crise zimbabweana preocupa Governo de Maputo

Moçambique exportou mais de 250 milhões USD

INGC apoia vítimas de incêndio de Geba


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