MINED analisa novo perfil dos programas curriculares
O Conselho Directivo do Ministério da Educação (MINED), reunido nos últimos dois dias em Maputo, analisou as propostas de programas para o ensino básico (da 1ª à 7ª classe), elaboradas pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação. Dentre as questões que mereceram acesos debates durante a plenária destacam-se aquelas que se relacionam com o tratamento a dar ao conceito de "herói nacional" e como procurar ser mais abrangente tendo em conta a existência de "individualidades reconhecidas como tendo marcado uma fase da história em diferentes regiões do país". Outra questão polémica é a terminologia, tratamento e contextualização curricular a dar ao recente conflito armado, a abordagem a dar à educação sexual, o papel da educação física, entre outras.
O Conselho ressalvou que o programa deve garantir estabilidade temporal e não sofrer alterações com base nas vontades políticas. No âmbito da revisão curricular estão a ser discutidas algumas alterações profundas, assim com a introdução da educação bilingue e de currículos locais, o ensino dividido em ciclos e a promoção automática dentre de cada ciclo. A decisão final sobre a introdução dos novos programas será tomada no III Fórum Nacional de Consulta sobre a revisão curricular, a realizar-se em Dezembro próximo. (Notícias, 21/10/00)
Mais de um milhão de pessoas estão ameaçadas de fome nos distritos costeiros e nalgumas regiões produtoras de algodão no interior da província de Nampula. Os fracos resultados agrícolas e o baixo preço - fixado pelo Governo - para a comercialização do algodão caroço neste ano, bem como o défice na produção da mandioca, influenciaram no surgimento da fome.
Grande parte da população de Nampula pratica a cultura de algodão e depende dos resultados da sua venda a grandes empresas de fomento para adquirir alimentos e suportar outras despesas. Na última safra registaram-se os resultados mais baixos das últimas duas décadas e das 25 mil toneladas de algodão que eram previstas para a campanha 1999/2000 espera-se um índice de produção abaixo da metade, o que vai aumentar a vulnerabilidade daquelas populações. (Notícias, 21/10/00)
Há 7 milhões USD para reabilitar Chimuara No âmbito da sua digressão pela província de Zambézia o Presidente Joaquim Chissano escalou o distrito de Mopeia, onde visitou a sub-estação eléctrica de Chimuara. De acordo com a directora regional centro da Electricidade de Moçambique (EDM), a engª Fátima Arthur, já estão disponíveis os 7 milhões USD necessários para a sua reabilitação. A subestação de Chimuara situa-se nas margens do rio Zambeze, no distrito de Mopeia, a cerca de 280 quilómetros da cidade de Quelimane. Foi construída em 1983 e as suas obras custaram ao Estado cerca de 15 milhões USD. Dois anos depois da sua inauguração foi destruído pelo conflito armado no país. A sub-estação tem como principal objectivo a estabilização da corrente eléctrica produzida na Barragem de Cahora Bassa destinada às zonas centro e norte do país. A sua inoperacionalidade faz com que a corrente destinada a estas duas zonas chegue aos destinatários sem a devida qualidade. (Notícias, 21/10/00) Notícias de ontem (20 de Outubro): País recebe reforço orçamental de 13,5 milhões de euros |