EUA concedem 55 milhões USD para reabilitação da linha do Limpopo
O Governo norte-americano através da USAID disponibilizou 55 milhões USD para a reabilitação completa da linha férrea do Limpopo, paralisada na sequência das cheias ocorridas no país. O pacote pressupõe a contratação de uma empresa, a Parsons Global Services Limited, para apoiar os Caminhos de Ferro de Moçambique a preparar os termos de referência para o concurso que será lançado com vista à contratação de um consórcio que vai reabilitar a linha.
Estima-se que esse concurso seja lançado até ao final do ano e pretende-se que, para além da simples reabilitação, a linha tenha um "standard" superior ao anterior. A linha de Limpopo abastece as populações do interior da provínica de Gaza e serve ao Zimbabwe, que por enquanto se tem servido dos portos sul-africanos. (Notícias, 26/10/00)
Matutuíne:
Cerca de três mil camponeses no distrito de Matutuíne, na província de Maputo, perderam as suas culturas em consequência das inundações provocadas pela subida do caudal do rio Maputo. Estão na origem das inundações as descargas efectuadas na Barragem de Pongolapoort, na vizinha África do Sul. Não há perdas de vidas humanas, nem de gado, mas há receios de que a população possa voltar a não ter reserva alimentar, uma vez que as inundações ocorrem numa altura em que as populações se preparam para as colheitas das sementes distribuídas ao abrigo do programa de emergência após as cheias havidas no início deste ano.
Uma equipa de especialistas do Ministério da Agricultura e da Administração Regional das Águas do Sul (ARA-Sul) está no terreno para avaliar o impacto das inundações. As cheias de Fevereiro destruíram o dique de protecção do rio Maputo, que até agora não foi reabilitado. A ARA-Sul aconselhara as pessoas a não habitarem muito próximos das margens do rio e, em Setembro, avisou a população que a África do Sul iria realizar descargas na ordem de 750 m³/s a partir da barragem de Pongolapoort. (TVM, 25/10/00)
Moçambique deve ter uma fundição de ouro O Fundo de Fomento Mineiro, uma entidade que apoia a mineração de pequena escala no país, comercializou, de 1999 até Setembro do ano em curso, cerca de 33,6 quilogramas de ouro. Em 1999 foram vendidos 18,4 kg de ouro, enquanto nos primeiros nove meses deste ano a quantidade comercializada foi de 15,2 kg. O produto foi vendido nas brigadas técnicas instaladas para a comercialização daquele mineral nas províncias de Manica e Tete. A província de Manica foi a que vendeu maior quantidade de ouro, 23,3 quilogramas, e as províncias de Niassa e Tete venderam, respectivamente, 7,3 e 2,9 quilogramas. Com o crescimento dos volumes de ouro comercializado, o Fundo acha que se torna necessário instalar no país uma unidade de fundição e já encomendou o respectivo equipamento. (Notícias, 26/10/00)
Inhambane:
Dois indivíduos envolvidos no desvio de 4 mil milhões de meticais, na Direcção Provincial de Finanças de Inhambane (DPFI), foram condenados a 14 anos de prisão cada. Trata-se de Augusto Machanguana, então administrador de contas na DPFI e Rafael P. Faife, então funcionário da Direcção de Coordenação de Acção Ambiental que, em 1997 estabeleceram um acordo secreto, segundo o qual este último punha à disposição do primeiro a sua conta para depositar avultadas somas em dinheiro roubadas à DPFI.
Assim Rafael Faife começou a emitir recibos falsos para a reabilitação de uma instituição e, por sua vez, Augusto Machanguana, único detentor da base de dados do DPFI, exarava despachos fictícios e viciava essa base de dados, para além de falsificar assinaturas dos seu subordinados. Alguns bens dos réus, incluindo viaturas, reverterem a favor do Estado. (Notícias, 26/10/00)
Notícias de ontem (25 de Outubro):
Parlamento debate reconstrução pós-cheias
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