Moçambique on-line


Notícias do dia 2 de Dezembro 2000

SIDA: Vamos quebrar o silêncio

O Presidente da República, Joaquim Chissano, defendeu ontem na cidade de Tete, que uma das armas mais importantes para o combate ao SIDA será falar desta doença, desmistificando-a. Num comício realizado naquela urbe, por ocasião do Dia Mundial de Luta Contra o SIDA, deu vários exemplos "terra-a-terra" sobre os riscos de contaminação, suas consequências para o país e como evitar o seu alastramento.

Tete é uma das províncias mais afectadas pelo SIDA com uma estimativa de 125.266 seropositivos e com cerca de 9124 casos de SIDA, segundo dados do ano passado. Cerca de 16% da população é seropositiva e perto de 700 novas infecções acontecem por dia.

Em Maputo as comemorações do dia da luta contra o SIDA decorreram sob o mesmo lema. Pascoal Mocumbi e Janet Mondlane, presidente e secretária executiva do Conselho Nacional de Combate ao HIV/SIDA respectivamente, insistiram em que o combate ao SIDA começa por reconhecer a sua existência. (Notícias, 02/12/00)

Entrada de carne da RAS novamente interditada

Os serviços Provinciais de Pecuária em Maputo (SPP) decretaram um novo embargo à entrada da carne importada da África do Sul e Suazilândia em consequência da existência de um surto de febre aftosa naqueles dois países. Esta medida tem em vista o controlo da epidemia. É por isso que, desde ontem, daqueles países não podem entrar para Moçambique animais vivos, seus produtos, subprodutos, despojos e forragens.

Os SPP deram a conhecer o ponto de situação sobre a febre aftosa, depois de informações veiculadas na quinta-feria apontando que foi detectada a ocorrência daquela doença na Suazilândia e que a infecção teria sido originada por produtos idos da África do Sul. Neste momento a preocupação prende-se com a acção dos importadores informais que fazem o contrabando de carne a partir daqueles países. O primeiro embargo à entrada de carne sul-africana tinha sido decretado a 18 de Setembro passado, situação que se manteve até 10 de Outubro, altura em que se supunha que a ocorrência da febre estava controlada. (Notícias, 02/12/00)

Gestores da Manica compram a sua empresa

Os gestores seniores da Manica Freight Services (MFS) adquiriram a totalidade do capital da empresa, um investimento sustentado pela empresa sul-africana BIDVEST, até então proprietária da MFS. A transição das acções daquela empresa para os gestores seniores moçambicanos ocorreu no passado dia 30 de Novembro.

A consultoria técnica, financeira, jurídica e o próprio financiamento da operação foram feitos por empresas nacionais, com recurso à banca. A Manica factura por ano perto de 35 milhões USD, tendo como rendimento líquido cerca de 15 milhões USD. Até a sua transação, empregava 400 trabalhadores operando nos portos de Pemba, Nacala, Beira, Quelimane Maputo. O património imobiliário foi avaliado em cerca 10 milhões USD. (Notícias, 02/12/00)

Notícias de ontem (1 de Dezembro):

Combate ao HIV/SIDA: Parceiros prometem 105 milhões USD
Após a visita a Tete: Chissano reúne-se com Dhlakama
HCB é a maior empresa do país


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