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Notícias do dia 29 de Janeiro 2001

Na Zambézia:
Mais de 200 mil pessoas afectadas pelas chuvas

O Governo da Zambézia reúne-se hoje com as organizações não governamentais, empresários, confissões religiosas e a sociedade civil, para lançar um apelo de emergência com vista a minimizar os efeitos causados pelas chuvas que continuam a afectar a província. As estimativas do número de pessoas afectadas subiram para 200 mil. Foram reportados até aqui cinco mortes, 18 mil desalojados e um número não especificado de desaparecidos.

Os distritos mais fustigados pelo temporal são Nicoadala, Namacurra, Maganja da Costa, Pebane e a Cidade de Quelimane, onde 156 pessoas deram entrada hoje no hospital local, padecendo de malária e diarreias. Em três dos quatro distritos mais afectados, perto de 41 mil hectares com culturas são dados como perdidos. Há pessoas que ainda estão abrigadas em cima das casas à espera que as águas baixem.

Devido a intensas chuvas na província de Sofala, o helicóptero que devia escalar algumas zonas de difícil acesso na província de Zambézia, não conseguiu partir do aeroporto da Beira. Entretanto, o batelão que liga as margens do rio Zambeze, paralisado desde o passado dia 25 devido a avaria, retoma hoje a navegação. (Notícias, Rádio Moçambique, 29/01/01)

Morreu Sebastião Marcos Mabote

Mabote

O Coronel-General na reserva, Sebastião Marcos Mabote, membro do Comité Central da Frelimo e deputado da Assembleia da República, morreu por afogamento no passado sábado, na praia de Bilene, na província de Gaza. Mabote, nascido em 1941 em Xai-Xai, combatente da luta de libertação nacional, ingressou na Frelimo em 1963, onde ocupou várias funções de relevo. Após a Independência nacional Mabote foi membro do Bureau Político da Frelimo, Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, vice-Ministro da Defesa e deputado da então Assembleia Popular, entre outras funções.

Em 1986 Mabote foi para Cuba para estudar. Ao regressar, em 1990, não foi enquadrado no Exército. Em Junho de 1991 foi detido, acusado de tentativa de golpe de Estado. Em Setembro de 1992, o Tribunal Supremo concluiu que as acusações não tinham fundamento e, um mês antes da assinatura do Acordo de Paz com a Renamo, o general foi libertado. Mabote acusou alguns dos seus colegas generais de estarem por detrás das falsas acusações de conspiração. O caso nunca foi devidamente esclarecido. Mabote, até à data da sua morte, desempenhava as funções do Chefe de Departamento de Defesa e Segurança do Comité Central da Frelimo. (Notícias, AIM, 29/01/01)

Notícias de sábado passado (27 de Janeiro):

Na sequência das inundações na Zambézia: número de mortes sobe para quatro
Fuga ao fisco: autoridades apreendem viaturas e mercadorias


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