Centro do país está em emergência O Instituto de Gestão das Calamidades Naturais (INGC) declarou ontem que o país está perante uma situação de emergência, fundamentalmente na zona centro, com mais gravidade para a província da Zambézia, onde as atenções estão viradas à prevenção de epidemias derivadas dos problemas de saneamento do meio e drenagem das águas pluviais. A Zambézia necessita de 730 mil USD para a reparação de infra-estruturas destruídas pelas chuvas e assistência às vítimas das inundações, dinheiro garantido pelo Governo e ONG's. O INGC têm posicionadas cerca de 7000 toneladas de alimentos diversos. Segundo afirmou ontem o director do INGC, Silvano Langa, equipas do Governo estão a desdobrar-se nos vales do Zambeze, Búzi e Púnguè, para monitorar a situação e accionar os mecanismos necessários para assistência às populações afectadas pelas inundações. Existem neste momento perto de 25 mil pessoas desalojadas, todos elas no vale do Zambeze, onde a chuva continua a cair. Entretanto tudo indica que este cenário pode vir a agravar-se, pois a barragem de Cahora Bassa passou a libertar 3700 metros cúbicos por segundo. A albufeira de Cahora-Bassa atingiu os 322 metros de cota, enquanto o nível de alerta é de 329 metros e a barragem de Kariba no Zimbabwe continua a descarregar. (TVM e Notícias, 03/02/01) Alfândegas evitam fuga de divisas As Alfândegas de Moçambique apreenderam na passada quarta-feira 120 mil USD na fronteira de Ressano Garcia, que iam sair do país em violação do Regime de Exportação de Valores. O dinheiro foi descoberto numa mala escondida entre a roupa de um menor que era acompanhado por um cidadão paquistanês, comerciante de profissão e cuja identidade não foi revelada. A apreensão daquele montante deu-se graças a uma operação combinada entre as brigadas móveis das Alfândegas, FAST e os agentes aduaneiros em serviço na delegação de Ressano Garcia, no quadro do "aperto" que é feito aos importadores e exportadores ilegais de mercadorias. (Notícias, 03/02/01) Ano lectivo abriu ontem no país Abriu ontem em todo o país o ano lectivo escolar. A abertura do ano lectivo tinha sido adiada em um dia por causa das exéquias do General Mabote. Em Maputo as cerimónia centrais foram dirigidas pelo Primeiro-Ministro, Pascoal Mocumbi, na Escola Primária Eduardo Mondlane, recentemente reabilitada. Na ocasião Mocumbi disse que o Governo está apostado em atingir, até ao ano 2004, três milhões de efectivos escolares, contra os 2,9 milhões que frequentam o ensino geral no presente ano lectivo. Falando sob o lema "por uma escola livre de SIDA", Mocumbi chamou a atenção aos jovens e adolescentes que o SIDA é um problema de desenvolvimento e que devem tomar a dianteira na luta contra esta doença. Entretanto, na província de Gaza os alunos da décima classe não iniciaram ontem o ano lectivo por estar ainda a decorrer o processo de recorreção dos exames, situação que poderá durar ainda 15 dias. Por ocasião do início do ano lectivo no país, foram inauguradas 441 novas escolas primárias. (Notícias, 03/02/01) Notícias de ontem (2 de Fevereiro): Mabote enterrado no Monumento aos Heróis |