Cheias no país: A situação continua crítica No distrito de Marromeu, o rio Zambeze está a 1,3 metros acima do nível de alerta fixado a 6 metros. As populações das zonas consideradas de risco estão a ser evacuadas para a região de Cupanga, considerada mais segura. Meios aéreos estão a transportar medicamentos, mantas e roupa para assistência às populações afectadas nos distritos de Zumbo e Mutarara. Em Tambara, onde as águas galgaram até aos edifícios da administração local, quatro escolas estão inundadas, colocando cerca de 900 alunos do ensino primário sem estudar. Muitas casas desabaram e perto de 2 mil pessoas ficaram sem abrigo. Em Sofala, o caudal do Púnguè esta a baixar, o que poderá levar a reabertura do troço Mutua-Tica, encerrado devido às inundações. Em Inhambane, as vias de acesso para os distritos do norte da província estão muito danificadas ou interrompidas. O Governo reuniu-se com as ONG's e outras forças vivas na província para estudar mecanismos a serem accionados em caso de agrvamento da situação. Em Maputo, devido às intensas chuvas que cairam desde domingo até ontem, muitos bairros periféricos da cidade estão inundados. (TVM, Notícias, 22/02/01) notícia de ontem: Em Namacurra: há 3 mil pessoas à espera de resgate Governo lança apelo da emergência O Governo lançou ontem, em Maputo, um apelo de 30 milhões USD para assistência de emergência a cerca de 389 mil pessoas desalojadas devido às cheias no centro do país, que já provocaram a morte de 41 pessoas. Este dinheiro será usado principalmente no aluguer de helicópteros e na sua operação. São convidadas entidades, organizações e a sociedade civil moçambicana para apoiarem as vítimas das cheias através de doações de bens alimentares, tendas, cobertores, vestuário e outros bens. Até à semana passada estavam disponíveis sete aeronaves e cerca de 200 barcos e camiões distribuidos pelas diversas frentes de socorro. À comunidade internacional foi solicitado em especial apoio em meios de transporte aéreo e fundos que permitam a rápida canalização e distribuição de víveres e outros bens de sobrevivência. O representante do PNUD em Moçambique, Emmanuel de Casterlé, disse que a comunidade internacional vai reagir de imediato. Garantiu que vai juntar todos os meios de socorro usados nas operações do ano passado, que estão em posse das ONG's. A Fundação Mozal, um organismo ligado àquela unidade de fundição de alumínio, em Maputo, doou ontem cerca de 30 mil USD, para apoiar as vítimas das cheias. Por seu turno, o Governo garante que há 700 toneladas de produtos alimentares para fazer face à emergência no país. (TVM, Notícias, 22/02/01) Encontro Chissano/Dhlakama: Grupos de trabalho arrancaram com as actividades Os grupos de trabalho criados aquando do encontro entre o Presidente Joaquim Chissano e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, reunidos desde terça-feira, em Maputo, já definiram as metodologias que vão nortear as suas actividades. Ontem iniciaram os seus encontros a Comissão sobre Administração Local e Autoridade Tradicional e a Comissão para os Assuntos de Defesa e Segurança, cujas delegações são encabeçadas pelos Ministros da Administração Estatal, José Chichava, e da Defesa Nacional, Tobias Dai, pela parte do Governo, e por David Aloni e Hermínio Morais, pela parte da Renamo-UE. A Comissão dos Assuntos Jurídicos, Constitucionais e Parlamentares, liderada pelo Ministro da Justiça, José Abudo, que teve o seu primeiro encontro na passada terça-feira, aprovou a sua metododologia de trabalho que prevê a realização de três encontros por semana. Estes grupos, que não tem nenhuma competência para decidir, tem como tarefa identificar as preocupações da oposição para submetê-las em relatório até o dia 15 de Março. (TVM, Notícias, 22/02/01) notícia de terça-feira: Comissões da Renamo e do Governo vão se encontrar hoje PIMO diz que os grupos não são legítimos O líder do partido PIMO, Ya-Qub Sibindy, afirmou ontem, em Maputo, que as comissões de trabalho não são legítimas porque o país realizou eleições legislativas e presidenciais que resultaram na instalação de órgãos democraticamente eleitos. Aquele líder acrescenta que mesmo o diálogo entre Chissano e Dhlakama só encontra acolhimento no seio do PIMO se se considerar que o Chefe de Estado pode auscultar as várias sensibilidades, incluindo dirigentes políticos, sobre os vários assuntos do país. (Notícias, 22/02/01) Notícias de ontem (21 de Fevereiro): Em Namacurra: há 3 mil pessoas à espera de resgate |