O Zambeze invadiu Marromeu Parte da vila de Marromeu, na província de Sofala, encontra-se completamente inundada, desde a passada a segunda-feira, pelas águas do rio Zambeze. Uma situação semelhante vive-se na cidade de Tete e no distrito de Mutarara, onde a situação deverá agravar-se nos próximos dias, uma vez que as descargas da barragem de Cahora Bassa voltaram a subir ontem. A medida surge na sequência da redução drástica de capacidade de encaixe daquela infra-estrutura. Na cidade de Tete cerca de 460 hectares com culturas, no vale de Nhartanda, estão perdidos. Em Sofala, a vila de Marromeu encontra-se completamente isolada do resto do país. Os doentes internados no Hospital Rural local estão sem comida, porque o camião que levava víveres para estes está retido devido às inundações na via. Em Sofala mais de 80% das estradas encontram-se intransitáveis. Em todo o país as cheias provocaram desde Janeiro último 63 mortes. Chega hoje à cidade da Beira o primeiro carregamento de ajuda alemã, avaliado em 300 mil USD, para as vítimas das cheias. No voo especial, fretado pela Cruz Vermelha daquele país, seguem tendas, cobertores, vasilhas para água, rolos plásticos, fardos de lona e medicamentos. O Governo alemão disponibilizou numa primeira fase 500 milhões USD que serão canalizados através de organizações não-governamentais como a Cruz Vermelha, a Ordem de Malta e a Visão Mundial, que estão a trabalhar nas zonas afectadas. (Notícias, 28/02/01) Tete transformada numa ilha Centro e norte têm brigadas anti-contrabando Cinco brigadas anti-contrabando de açúcar, cigarros e bebidas alcoólicas, entre outros, constituída pelas Alfândegas, apreendeu, em Novembro último, sete mil toneladas de açúcar que estavam a ser descaminhadas através do Porto de Maputo. Durante o ano passado foram detectadas 30 casos de contrabando e descaminho de açúcar. Segundo as Alfândegas, o contrabando de açúcar verifica-se com mais frequência nas regiões centro e norte do país, a partir de onde são introduzidas grandes quantidades deste, a partir do Malawi e do Zimbabwe, fugindo ao fisco. O recente caso da apreensão de 7 mil toneladas de açúcar em Maputo, foi uma excepção As Alfândegas vêm realizando encontros regulares com o sector industrial na perspectiva de identificar as melhores alternativas de combate ao contrabando daquele produto estratégico nacional. Para tornar mais efectivo o controlo estão a ser considerado o estabelecimento de duas equipas móveis na Zambézia, para além da criação de um comité estratégico anti-contrabando do açúcar, o qual deverá actuar em três províncias do país a serem indicadas posteriormente. (Notícias, 28/02/01) Notícias de ontem (27 de Fevereiro): Tete transformada numa ilha |