Pela terceira vez: EN6 está interdita A Estrada Nacional nº 6 (EN6), que liga a vila fronteiriça de Machipanda à cidade da Beira, está novamente interdita ao trânsito desde de ontem, em virtude da insegurança devida a uma nova subida do caudal do rio Púnguè, no troço Mutua-Tica. Esta interrupção, a terceira que se verifica em menos de um mês, é temporária e o seu levantamento dependerá do da evolução da situação. Desde a passada quarta-feira verificam-se intensas chuvas nas bacias dos rios Púnguè e Buzi. No troço Mutua-Tica as águas do rio Púnguè atingem mais de 10 centímetros acima do pavimento. Entretanto, a barragem de Cahora Bassa diminuiu as descargas de 8 419 para 7 666 m³/s de 14 para 15 de Março, numa altura em que os caudais atingem os 9 519 m³/s. (Notícias, 16/03/01) Durante os próximos meses: 500 mil pessoas vão necessitar de ajuda PMA garante assistência até ao fim do ano O PMA vai estender o seu programa de assistência alimentar de emergência até aos finais do presente ano, por considerar que os afectados pelas cheias no centro do país vão enfrentar para recomeçarem as suas vidas no período pós-cheias. Neste momento o PMA está a atender perto de 108 mil pessoas, de um total de 172 mil que tinham sido previstas no plano de contingência. Mas, considerando um universo de 172 mil pessoas, será necessária uma média mensal de 2 mil toneladas de alimentos. Em termos de "stock" de alimentos neste momento estão disponíveis na zona centro do país mais de 3 800 mil toneladas. Para além de atender a situação de emergência deste ano, o PMA ainda está a desenvolver algumas acções no âmbito do programa "Comida pelo Trabalho" nas províncias de Gaza e Maputo, em apoio às vítimas das cheias do ano passado. Entretanto, os últimos dois helicópteros sul-africanos e um cargueiro que ainda se encontravam envolvidos nas operações de emergência em Moçambique regressaram ontem àquele país, mas o apoio será reactivado logo que a situação assim o exigir. O apoio sul-africano compreendia 4 helicópteros e três cargueiros. Por seu turno, a Televisa, uma empresa do grupo Visabeira, entregou ontem à Cruz Vermelha de Moçambique, um cheque de 100 milhões de meticais. (Notícias, 16/03/01) Em Mutarara: Rotura de "stocks" de alimentos está à vista Regimento interno da AR: O plenário da Assembleia da República não chegou ao consenso ontem quanto à aprovação, na generalidade, da proposta de revisão do Regimento Interno e do Estatuto do Deputado. Durante os debates prevaleceram as incongruências entre as bancadas da Frelimo e da Renamo-UE, o que levou ao adiamento da deliberação para a próxima terça-feira. A Frelimo defendia a aprovação da proposta na generalidade, ainda ontem, justificando que tal permitiria o reforço da actividade parlamentar e a Renamo-UE era pela procura de assentimentos sem os quais afirmava que não iria aprovar o documento e muito menos iria cumprir com a deliberação que eventualmente se viesse a tomar com recurso ao voto da maioria. Ante a falta de consenso, o deputado Máximo Dias, da Renamo-UE, propôs que as chefias das duas bancadas se encontrassem para, num período de 48 horas, procurarem posições mais consensuais em torno dos pontos divergentes. Esta proposta foi acolhida e assim, as chefias das bancadas vão tentar, nos próximos dias, reduzir o contestado, para levar ao plenário o texto mais consensual possível. O texto apresentado ao plenário contém 132 artigos, dos quais 21 não são consensuais. (Notícias, 16/03/01) Notícias de ontem (15 de Março): Durante os próximos meses: 500 mil pessoas vão necessitar de ajuda |