Durante os próximos meses: Cerca de 500 mil pessoas afectadas pelas cheias e inundações no país vão carecer de assistência multiforme durante os próximos três meses, dado que perderam as suas culturas da presente campanha agrícola e, noutros casos, foram forçadas a abandonar as suas áreas de residência. O Governo e as ONG's estão a desenhar mecanismos de intervenção pós-cheias cuja implementação está dependente da redução dos níveis dos rios. No sector de estradas ainda não foi possível fazer uma avaliação global das necessidades de intervenção, dado que grande parte das estradas continua debaixo das águas. Só em Sofala, mais de 80% da rede rodoviária é neste momento intransitável. Em termos globais, o plano de contingência apontava que, por associação de cheias e ciclones, pelo menos 800 mil pessoas seriam afectadas. Na Zambézia o Conselho Cristão de Moçambique vai assistir 20 mil desalojados nos distritos de Mopeia e Inhassunge. Neste momento, aquela organização tem um fundo de 200 mil USD doado pela Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade. Ainda na Zambézia, a Comunidade Muçulmana deverá distribuir 16 toneladas de carne enlatada, a 22 mil famílias afectadas, um donativo do Governo da Turquia, avaliado em 123 mil USD. (Notícias, 13/03/01) Em Mutarara: Rotura de "stocks" de alimentos está à vista Fábrica de mandrax: A Polícia capturou ontem mais um indivíduo indiciado de envolvimento na instalação de uma fábrica de mandrax, desmantelada em Fevereiro do ano passado, nas instalações da Plasmex, na cidade de Maputo. A captura desse cidadão moçambicano, cuja identidade não foi revelada, foi possível graças à cooperação entre as polícias da região da SADC. A Polícia indica que este se havia refugiado na África do Sul e, acrescenta que se trata de uma das figuras-chave do processo. No seu último informe à Assembleia da República, o Procurador Geral da República, Joaquim Madeira, referiu-se a este caso dizendo que já havia cinco arguidos presos. Um sexto encontra-se em liberdade condicional. O processo foi acusado pelo Ministério Público e remetido ao Tribunal Judicial da Cidade de Maputo. O julgamento começou ontem. Uma outra fábrica de comprimidos Mandrax foi desmantelada em Matola em 1995, o chamado "caso Trevo". Em relação a este caso a Polícia deteve dez estrangeiros (indianos e paquistaneses), que logo depois foram libertados e fugiram do país. A maquinaria apreendida judicialmente na fábrica em 1995, misteriosamente voltou a aparecer na fábrica de Plasmex no ano passado. Mandrax, uma droga sintética, é muito popular na África Austral, por causa do seu preço relativamente baixo. O seu elemento activo é metaqualone. A droga vem em comprimidos de cor branca, que são normalmente esmagados e fumados no gargalho de uma garrafa, às vezes em combinação com marijuana. (Notícias, RM, MOL, 15/03/01) Sobre o envolvimento de grandes figuras moçambicanas no tráfico da droga: artigo mediaFAX 29/08/00: Droga: Pretória contra Maputo Tambores roubados em Matola: A Polícia deteve mais uma pessoa indiciada de envolvimento no roubo de 19 tambores contendo pesticidas obsoletos armazenados na Estação de Tratamento de Lixo da Matola. Com esta detenção sobe para nove o número de pessoas sob custódia policial em conexão com o desaparecimento daqueles tambores tóxicos. Até ao momento foram recuperados apenas dois tambores com a capacidade de 200 litros cada e oito embalagens de pesticidas altamente tóxicos, podendo causar a morte de muitas pessoas em pouco tempo, por ingestão, inalação ou através dos poros da pele dos seres humanos. Os pesticidas serão reexportados entre os meses de Abril e Maio do presente ano. (Notícias, 13/03/01) 24 de Fevereiro: Desapareceram 19 tambores de lixo tóxico 26 de Fevereiro: Roubo de tambores não foi o primeiro 2 de Março: Lixo tóxico: recuperados dois tambores Dhlakama "clinicamente louco": Reagindo às alegações que lhe foram imputadas pelo deputado Luís Boavida, da Renamo-UE, Mateus Katupha, deputado pela bancada parlamentar da Frelimo e membro da Comissão Permanente da Assembleia da República, negou ontem em Maputo que no programa radiofónico "Linha Directa", de 3 de Março, tenha dito que o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, estava clinicamente maluco. Num discurso inflamado Katupha reafirmou, entretanto, que o que disse no referido programa foi que Dhlakama, está, no mínimo, psicologicamente doente e que a crise do país por ele evocada está no seio da Renamo. Entretanto, escutadas as cassetes em plenário da Assembleia da República, em nenhum momento Katupha afirma categoricamente que Dhlakama está clinicamente maluco. Ussufo Quitine, chefe da bancada parlamentar da Renamo-UE, duvida da autenticidade das cassetes que contêm tais gravações, extraídas da Rádio Moçambique. (Notícias, 13/03/01) Notícias de ontem (14 de Março): Assassinato de Caso Carlos Cardoso: Polícia deteve irmãos Satar |