Exportações atingiram os 303 milhões USD em 2000 De acordo com a Ministra do Plano e Finanças, Luísa Diogo, pela primeira vez o país atingiu, no ano passado, a cifra de 303 milhões USD em exportações de bens. Aquele montante representa um aumento em 12% em relação ao ano anterior, situação que coloca a possibilidade de o país encarar com optimismo a sustentabilidade da balança de pagamentos. Luísa Diogo - que interviu ontem, em Maputo, no "briefing" semanal do Primeiro-Ministro, Pascoal Mocumbi - factores relacionados com a evolução dos preços dos produtos primários e a situação nos países vizinhos impediram que a cifra fosse ainda maior. Entretanto, o crescimento económico foi inferior ao previsto e a inflação foi elevada. Com efeito, a taxa de crescimento do produto interno foi de 2,1%, a taxa média de inflação situou-se a 12,7% e a depreciação da moeda nacional, o metical, atingiu os 20%. O investimento privado nacional e estrangeiro atingiu os 460 milhões USD, quase a metade do realizado em 1999. O país espera alcançar no presente ano, um crescimento económico a dois dígitos e conter a inflação a um dígito (entre 6 e 7%). (Notícias, 20/04/01) Cheias causaram mais de 100 óbitos Segundo o último balanço do Governo, as cheias que desde janeiro último afectam o centro do país, já causaram 109 mortos reportados e deslocaram cerca de 300 mil pessoas. Do número total de óbitos, 71 ocorreram na província da Zambézia, 28 em Tete, seis em Sofala e quatro em Manica. Dentre as causas das mortes apontam-se o desabamento de casas, afogamento, naufrágio de barcos, electrocussão, acidentes de viação e vítimas de crocodilos. Na Zambézia estão afectadas 420 mil pessoas, em Tete 144 mil. Nesta província 121 escolas e três centros de saúde ficaram danificados. Em Sofala, as cheias causaram o deslocamento de 81 mil pessoas, destruíram mais de 30 mil hectares, 78 salas de aulas ficaram submersas, situação que afectou 27 mil alunos e 300 professores. (Notícias, 20/04/01) Aos zimbabweanos: Os Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) decretaram a cobrança em dólares americanos, pagáveis em Moçambique, de todos os serviços ferroviários e portuários de e para o Zimbabwe. A decisão foi dada a conhecer às companhias zimbabweanas da frete através de uma circular datada de 21 de Março. A circular indica como a razão fundamental para a tomada da decisão o actual estado da economia zimbabweana. A medida é contestada pelos importadores e importadores zimbabweanos que dizem ser-lhes muito difícil adquirir a moeda estrangeira face às medidas de "austeridade" decretadas pelo Executivo de Harare para conter a saída de divisas. Até ao passado mês de Março muitas empresas zimbabweanas pagavam os serviços ferro-portuários prestados por Moçambique em dólares zimbabweanos, depositados numa conta corrente, em Harare. De acordo com os CFM, a anterior forma de pagamento impedia a empresa de recolher imediatamente as suas devidas receitas, o que causava vários problemas, que ainda eram agravados pela contínua desvalorização da moeda zimbabweana. Moçambique gera uma boa parte da sua receita através da utilização dos seus portos e caminhos de ferro por parte dos países do "hinterland". (Notícias, 20/04/01) Notícias de ontem (19 de Abril): Em Maputo: Inaugurado Centro de Formação Judiciária |