Ao fim da IV sessão da Assembleia: A discussão da problemática do levantamento de imunidade a alguns deputados da Assembleia da República, indiciados de envolvimento em práticas de ilícito eleitoral, foi ontem interrompida, para ser retomada na próxima sessão do órgão legislativo. Com efeito, o Presidente do Parlamento, Eduardo Mulémbwè, assumiu a responsabilidade de acompanhar o processo judicial, sobretudo para que não haja julgamento antes do pronunciamento do plenário. O entendimento foi ontem alcançado no final dos trabalhos da IV sessão ordinária da Assembleia da República, que vinha decorrendo desde finais de Fevereiro último em Maputo. A proposta de retirada da imunidade aos deputados em questão já deveria ter sido discutida no início da sessão, mas as
divergências entre as bancadas da Frelimo e da Renamo-UE, sobretudo na ordem de prioridade das matérias, ditaram a sua discussão em último lugar. A V
sessão ordinária reúne a partir de Outubro, segundo preconiza o Regulamento Interno do Parlamento. (Notícias, 05/05/01) Renamo acusa: A Renamo acusou Raul Domingos, antigo membro sénior daquele partido de pretender criar, com o apoio da Frelimo, uma "Renamo-Renovada". José de Castro, membro da Comissão Política Nacional desta formação da oposição, disse que esta pretensão de Raul Domingos remonta da altura das conversações de Roma realizadas em 1992. Segundo ele, foi nessa altura em que os dirigentes do partido perceberam que Domingos era agente duplo, que trabalhava para a Renamo e para a Frelimo simultaneamente. Estas declarações foram proferidas numa conferência de imprensa cujo objectivo era desmentir uma notícia publicada pelo jornal
Domingo" segundo a qual a Renamo está a enfrentar um crise profunda e cujo título é "Uma Viagem no interior da Renamo". Raul Domingos refuta as
acusações, desafiando a Renamo a apresentar provas que fundamentem tais acusações. (Notícias, 05/05/01) Na Praça de Touros: O Ministro do Interior, Almerino Manhenje, visitou no passado dia 27 de Abril, por volta das 22 horas, as barracas da Praça de Touros, em Maputo, com o objectivo de se inteirar, diante dos proprietários daqueles estabelecimentos, sobre os incidentes do dia 20 do mesmo mês, no qual uma viatura da Polícia da República de Moçambique (PRM) foi parcialmente queimada por populares enfurecidos com os desmandos que a Polícia vem cometendo na cidade. O incidente, no qual um agente terá alegadamente perdido uma pistola, deu-se quando a Polícia esteve mais uma vez a espancar as pessoas e a disparar sob o pretexto de que estava à busca de malfeitores. O Ministro, que teve a oportunidade de ver "in loco" as chapas e paredes crivadas de balas disparadas pelos agentes da PRM, reuniu-se com os proprietários das barracas aos quais prometeu investigar o caso até se apurar os culpados pela brutalidade. Entretanto, Manhenje criticou o Comandante da 6ª Esquadra da Polícia pelo facto de o mesmo ter começado a tratar do caso somente
quando este surgiu na imprensa. (Savana, 04/05/01) Notícias de ontem (4 de Maio): Salário mínimo: Decisão final cabe ao Governo |