MADER procura rentabilidade do vale do Zambeze

O Ministério da Agricultura e Desenvolvimento (MADER), está a procura de formas de melhorar a rentabilidade da actividade agrícola ao longo da bacia do rio Zambeze. Neste âmbito, o Ministro do pelouro, Hélder Muteia, assinou a passada terça-feira, em Maputo, dois acordos com duas instituições de investigação, nomeadamente ICRAF e ICRISAT.

O entendimento rubricado com o ICRAF incide basicamente sobre a região do vale do Zambeze, onde deverão ser desenvolvidos programas de integração agro-florestal, tais como a produção de material lenhoso, fruta silvestre e agrícola. O projecto ICRAF, financiado pela Agência Internacional de Canadá, no valor de cerca de 2,5 milhões.

A ICRISAT, uma iniciativa financiada pela USAID num valor inicial de cerca de 700 mil USD, aborda situações de emergência resultantes de calamidades naturais através da disponibilização de sementes com resistência comprovada. Na zona do vale do Zambeze foram identificados cerca de 56 projectos para desenvolvimento. (Notícias, 17/05/01)
 

Montepuez:
Iniciou ontem o julgamento dos polícias

Iniciou ontem no tribunal provincial de Cabo Delgado, na cidade de Pemba, o julgamento dos polícias detidos em conexão com a morte por asfixia de mais de 100 pessoas, encarceradas na sequência das manifestações de 9 de Novembro último.

Ontem foi ouvido Dahalili Sumail, ex-comandante da Polícia (PRM) no distrito de Montepuez. Na audiência, Sumail disse que o Ministério Público (MP) foi induzido ao erro na acusação dos alegados promotores do "massacre", ocorrido entre 19 e 22 de Novembro. Alega que o Ministério Público não fez um trabalho aturado que lhe ajudasse descobrir que a Polícia de Investigação Criminal (PIC), "fabricou" dados para o incriminar.

O réu disse que por altura dos acontecimentos se encontrava em Maputo e só regressou a Montepuez no dia 20, tendo se apresentado no Comando Distrital no dia seguinte, 21 de Novembro. Dahalili nega ter ordenado que se fechasse a pequena cela com portão metálico e diz que depois de visitá-la verificou que estava superlotada. Com efeito, alertou o director provincial da PIC, Juma Massequece, sobre a situação e este lhe respondeu que estavam a ser envidados esforços para descongestioná-la.

O ex-comandante da Polícia em Montepuez considera-se um "bode expiatório" porque, segundo ele, tudo estava a ser feito pela PIC, que tinha em Montepuez os seus quadros seniores, incluindo o respectivo director provincial, Juma Massequece, assim como funcionários da Procuradoria distrital. Ao nível da província a PIC estava representada por António Frangouls, director da PIC na cidade de Maputo, mandatado pelo Comando-Geral da PRM para supervisionar as detenções na sequência das manifestações.

O julgamento prossegue hoje com audição dos réus Horácio Nhoca, Basílio Nguezane, Lucas Chambone e Terciano Mitale, todos polícias que assumiam posições de relevo no quadro das manifestações e no período do "extermínio" dos presos. (Notícias, 17/05/01)
 

Em Manica:
Zimbabweanos exploram ouro ilegalmente

O administrador do distrito de Manica, na província do mesmo nome, Paulo Majacunene, revelou recentemente que cidadãos zimbabweanos estão a explorar ouro ilegalmente na região de Penhalonga. O administrador não revelou os nomes destes estrangeiros alegadamente para não perturbar o curso das investigações que possam culminar com a sua captura ou neutralização.

Um desses estrangeiros, além de explorar ouro ilegalmente, está a explorar também recursos florestais na floresta exótica de pinheiros pertencentes à empresa IFLOMA. Segundo o administrador, as autoridades moçambicanas não emitiram nenhuma licença de exploração de ouro nem madeira a favor deste estrangeiro. (Notícias, 17/05/01)
 

Notícias de ontem (16 de Maio):

Face à criminalidade: Bispos católicos lançam apelo
Em Mossurize: Chissano inaugura centro de saúde
Produção de algodão poderá atingir as 85 mil toneladas