Face à criminalidade:
Bispos católicos lançam apelo

Em carta pastoral, intitulada "Diálogo, Caminho para a Democracia", os bispos moçambicanos apelam ao Governo e às demais autoridades para que façam tudo o que estiver ao seu alcance a fim de que a criminalidade e a violência cessem no país. Estes dizem que é urgente prover os agentes da lei e ordem de meios suficientes e eficientes para o exercício do seu dever de combater o crime e pôr cobro à violência.

Cabe assim, em primeiro lugar, ao Governo criar postos de trabalho e estabelecer uma política de protecção e defesa dos trabalhadores nacionais face aos estrangeiros que entram no país e facilmente ocupam os postos de trabalho. Por outro lado, indicam os bispos, há que ter em consideração o grande desnível entre os salários muito baixos e elevado custo de vida que leva a maior parte dos cidadãos a viver na miséria. Na carta, os bispos instam a quem de competência no sentido de tomar medidas para neutralizar e eliminar a corrupção, que aflige e humilha a sociedade.

Na carta, os bispos denunciam também o que chamam de "intolerância política", por esta criar inimigos e gerar a inflexibilidade nos interlocutores, indicando que é o diálogo o caminho irrenunciável para a verdadeira e autêntica democracia no país. (Notícias, 16/05/01)
 

Em Mossurize: Chissano inaugura centro de saúde

O Presidente da Republica, Joaquim Chissano, que está a efectuar uma visita de trabalho de três dias à província de Manica, inaugurou ontem no distrito de Mossurize um centro de saúde. Chissano que se deslocou a Manica para se inteirar da implementação do plano quinquenal do Governo, é acompanhado pelos ministros da Administração Estatal, Defesa Nacional, Assuntos dos Antigos Combatentes, Desportos e Juventude, entre outros quadros do Governo.

O distrito de Mossurize foi um dos mais afectados pela guerra entre a Renamo e o Governo e pelas recentes cheias. Por consequência disso ficou isolado do resto do país durante muito tempo e diversas infra-estruturas estão destruídas ou degradadas. (Notícias, 16/05/01)
 

Produção de algodão poderá atingir as 85 mil toneladas

Segundo estimativas do Instituto de Algodão de Moçambique (IAM) o país poderá produzir este ano perto de 85 mil toneladas de algodão. O incremento da produção deve-se às melhores condições agro-meteorológicas nas principais zonas de produção, assim como a relativa subida do preço ao produtor verificada durante a última campanha, 1999/2000.

Esta estimativa representa um crescimento em cerca de 51 mil toneladas em relação à campanha passada, em que a produção atingiu as 34 mil toneladas. A cultura do algodão no país tem sido afectada pela situação climática, bem como pela flutuação de preços ao produtor, que dependem fundamentalmente da oferta no mercado internacional.

O quilograma de algodão na campanha 1997/98 era comprado a 2900 meticais (MT), na campanha seguinte, 1998/99, era adquirido a 2300 MT, enquanto na campanha 1999/2000 o preço subiu para os 2500 MT. Após a independência a produção recorde de algodão foi alcançada na campanha 1998/99, com um total de 116 mil toneladas. (Notícias, 16/05/01)

Notícias de ontem (15 de Maio):

Aumentando a produção, crise de cajú pode resolver-se dentro de dois anos
Mais um banco a operar no país
Kuweit e OPEP financiam subestação na Matola
Vítimas das cheias: Reassentamento já iniciou