Cristãos voltam a rezar pela paz Comunidades cristãs do país oraram fim-de-semana último a favor da preservação da paz em Moçambique. Com efeito, a União Bíblica organizou no sábado uma manifestação denominada "Marcha para Jesus" com o objectivo de demonstrar o seu cometimento com a paz. A manifestação teve a participação de mais de 22 igrejas filiadas ao Conselho Cristão de Moçambique. Cristãos católicos rezaram ontem pelas vítimas do "massacre" de Montepuez e reiteraram a denúncia, repúdio e condenação aos autores dos crimes e de outras violações dos direitos humanos, cuja crueldade não tem precedentes na história do país. Esta condenação vem igualmente contida numa nota pastoral intitulada "dialogar para preservar a paz" que circula em todas as comunidades cristãs católicas desde há duas semanas. Um comunicado dos Bispos Católicos de Moçambique, emitido nesta sequência condena, vigorosamente a violência e solidariza-se com as vítimas que pereceram na cadeia de Montepuez assim como das que morreram nas manifestações de Novembro. Os cristãos entendem que os recentes acontecimentos de Montepuez bem como a agitação política vigente indicam que a paz está ameaçada.(Notícias, 18/12/00) Preço de algodão abre boas perspectivas para o país A fibra de algodão regista desde a semana passada o preço mais alto no mercado internacional, facto que para Moçambique vem reanimar a esperança dos produtores e abre boas perspectivas para o aumento das áreas de cultivo e produção do algodão. Em Janeiro do ano em curso o preço da fibra do algodão no mercado internacional oscilava por volta de 44 cêntimos do USD e na semana passada o mesmo produto já estava a 67,75 cêntimos USD. Actualmente estão disponíveis no país cerca de 7732 toneladas de algodão fibra produzidas na campanha agrícola 99/2000. Na campanha 1999/2000 a produção nacional registou uma redução drástica e só se conseguiu exportar até agora cerca de 2389 toneladas de algodão fibra, o que representa um ganho monetário um pouco acima de 2 milhões USD. A maior produção de algodão registada na história de Moçambique foi em 1972, quando foram colhidas cerca de 144 mil toneladas. (Notícias, 18/12/00) Pesticidas obsoletos ainda por exportar O Governo moçambicano prossegue as negociações com potenciais financiadores com vista a estabelecer limites de custos e o destino a dar às cerca de 1100 toneladas de pesticidas obsoletos recolhidos em diversos pontos do país e depositados nas cidades de Matola, Beira e Nacala. Segundo o Governo trata-se de um processo complexo que, tendo iniciado numa direcção, está actualmente a ser ajustado aos novos condicionalismos que se impõem, os quais implicam uma alta preparação tanto interna como externamente. É necessário que se assegure que tanto no país, como nos destinos estrangeiros que vierem a ser dados aos pesticidas sejam respeitadas as leis e os procedimentos que se impõe no seu tratamento. Está definitivamente fora de hipótese a incineração dos pesticidas na Fábrica de Cimentos de Moçambique, na cidade da Matola, não apenas por razões ligadas aos custos, mas sobretudo devido ao tempo que a operação levaria nas actuais condições em que se impõe um investimento de vulto. (Notícias, 18/12/00)
Não vai haver incineração de pesticidas Notícias de sábado (16 de Dezembro): Jornalistas do "Savana" ameaçados de morte |