"Caso Montepuez": António Frangulis, Director da Polícia de Investigação Criminal (PIC) - cidade de Maputo, negou ontem, perante o tribunal de Cabo Delgado, que tenha partido de si qualquer tipo de iniciativa que se seguiu às manifestações da Renamo-UE naquela cidade, em Novembro de 2000. Aquele dirigente superior da Polícia afirmou que quem chefiou a equipa de triagem da PIC foi o respectivo director provincial, em Cabo Delgado, Juma Massequece. Frangulis argumenta que se deslocou a Montepuez, a mando do Ministro do Interior, Almerino Manhenje, para recolher elementos com vista a produção de um relatório. Frangulis e Macequece são acusados, pelos cinco polícias detidos em conexão com "o massacre de Montepuez", de terem ordenado as
detenções, triagem dos detidos e remoção de mais de 30 corpos dos perecidos na cela da Polícia, antes dos exames dos médicos legistas. Esta
manhã será lida a sentença dos 11 réus julgados há um mês em Montepuez, acusados de serem cabecilhas das manifestações.
(Notícias, 05/06/01) Inhambane: Um incêndio de grandes proporções, que deflagrou na noite do passado domingo, destruiu completamente as instalações da Sociedade de Óleos e Sabões de Inhambane (SOMOIL). Além da destruição da fábrica, o fogo devorou 300 toneladas de copra, 150 de bagaço e cerca de 7 mil litros de óleo. Ainda não são conhecidas as causas que levaram à eclosão do fogo, sabendo-se apenas que este iniciou no armazém e em pouco tempo alastrou-se pelo resto da fábrica. Mahomed Shabir, sócio-gerente da SOMOIL, afirma que a construção da fábrica custou mais de 900 mil USD e funcionava,
há cerca de um ano, em regime experimental. Na última sexta-feira, após a vistoria, a Direcção Provincial da Indústria e Turismo tinha autorizado
oficialmente a laboração plena do empreendimento. Shabir disse que durante a fase de ensaio a fábrica produzia cerca de 650 caixas de sabão por mês.
(Notícias, 05/06/01) Maputo: Mas de cem famílias residentes no espaço de reserva do Jardim Zoológico de Maputo serão despejadas brevemente pelo Conselho Municipal de Maputo (CMM). Aquelas famílias adquiriram os terrenos a um funcionário do "zoo", agora reformado, pagando valores que variam entre 10 mil e 12 milhões de meticais, há mais de 11 anos. Os abrangidos, cujas casas de alvenaria tem electricidade e água, exigem que o CMM lhes indemnize e indique espaço para residirem. Entretanto, o CMM está preparado para destruir as casas que deixou construir durante 11 anos. Em Maputo há muitas construções desordenadas, erguidas com a cumplicidade de funcionários municipais. Actualmente, há
obras de habitação numa zona de mangais da praia da Costa do Sol (espaço de reprodução do camarão), com autorização do CMM.
Recentemente, o CMM tinha autorizado a construção de um centro comercial em frente da Presidência da República e do Ministério da Defesa Nacional.
(Notícias, 05/06/01) Notícias de ontem (04 de Junho): Maputo vai passar três dias sem água |