Montepuez:
Réus recorrem ao Tribunal Supremo

Os "líderes" da manifestação de Montepuez, condenados a 20 anos de prisão maior na passada terça-feira, interpuseram recurso ao Tribunal Supremo, segundo revelou o seu advogado de defesa, Jorge Mabue, da Liga dos Direitos Humanos (LDH). Com efeito, o juiz do processo, Alfredo Phiri, confirmou que a defesa remeteu o requerimento, cujo despacho foi favorável. Brevemente a defesa será notificada a preparar as respectivas alegações.

Entretanto, prossegue o julgamento dos polícias com a audição de testemunhas e declarantes. Armando Raul e Casimiro Nancope, ambos guardas prisionais em serviço de 18 a 19 de Novembro, disseram que depois da morte das primeiras 8 pessoas, o director da PIC, Juma Massequece, ordenou a redistribuição dos detidos por três celas mas o comandante Dahalili Sumail desautorizou-o, ordenando que os detidos regressassem à cela onde haviam morrido os primeiros presos.

A defesa de Sumail desmentiu o depoimento dos polícias afirmando que na data alegada pelos carcereiros o seu constituinte não se encontrava em Montepuez, pois havia se deslocado a Maputo para uma reciclagem. Nos autos consta que Dahalili só chegou a Montepuez na tarde de 20 de Novembro, tendo se apresentado no comando distrital na manhã do dia seguinte, 21 de Novembro. (Notícias, 08/06/01)

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Bolsa de Valores cresce satisfatoriamente

Segundo o presidente da Bolsa de Valores de Moçambique (BVM), Jossub Nurmamade, a instituição deverá atingir até ao próximo mês de Dezembro cerca de 200 milhões USD em títulos cotados, como resultado da entrada de mais cinco empresas. Actualmente estão cotadas na BVM os títulos das empresas Grupo Madal, Banco Standard Totta de Moçambique, Banco Internacional de Moçambique, Telecomunicações de Moçambique e as Obrigações de Tesouro 1999 e 2000, representando cerca de 20 milhões USD.

Nurmamade falava à margem dum encontro dos presidentes das Bolsas de Valores dos países da SADC, que está a decorrer em Maputo. As Bolsas de Valores da SADC deverão estar interligadas até ao ano 2006. Até à conclusão do processo deverá ser garantida a adopção de padrões comuns de contabilidade, a identificação da entidade que irá supervisionar o mercado de capitais de cada país, entre outros procedimentos. (Notícias, 08/06/01)

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Nampula incrementa produção de algodão

A província de Nampula prevê produzir, na presente campanha agrícola, pouco mais de 33 mil toneladas de algodão caroço, numa área de cerca de 66 mil hectares. A alcançarem-se estas metas, a província irá verificar um crescimento de 39,2% para a produção, e 86,9% para as áreas de cultivo, em relação a época anterior.

Refira-se que, segundo o Instituto de Algodão de Moçambique, até Abril último tinham sido classificadas perto de 8 toneladas de algodão fibra, das quais 6,6 foram exportadas. Na cultura do algodão, em Nampula, participam 263 associações de agricultores que recebem apoio das empresas do ramo. Estas disponibilizam insumos e instrumentos agrícolas. (Notícias, 08/06/01)
 

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