Banco Austral: Ontem, em Maputo, o Conselho de Administração provisório do Banco Austral, no âmbito da apresentação das contas do exercício de 2000, revelou que os resultados do banco situaram-se na ordem dos 1 371 milhões de contos negativos. Segundo o PCA do banco, António Siba-Siba, estiveram na origem desta situação o adiamento sucessivo e a não realização do aumento do capital social que tinha sido previamente acordado entre o Estado e o anterior accionista. Contribuiu também para esta situação a "degradação acentuada" da carteira de crédito do banco, o incumprimento de alguns normativos prudenciais e a presente constituição de provisões para o crédito mal parado e para o fundo de pensões. Os créditos mal parados estão posicionados na ordem dos 87%. Siba-Siba revelou, entretanto, que o processo de reprivatização do "Austral" já iniciou e espera-se que seja concluído em Agosto próximo. Com efeito, onze instituições financeiras anunciaram a sua intenção em concorrer para o processo de reprivatização do banco, cujo controlo foi reassumido pelo Estado no passado dia 3 de Abril. (Notícias, 09/06/01) Leia a notícia de 4 de Abril 2001: Entre Moçambique e Zimbabwe: Moçambique e Zimbabwe formalizaram ontem, em Maputo, o acordo que cria a área de conservação transfronteiriça de Chimanimani, que compreende 2 056 quilómetros quadrados, 1 740 dos quais em território nacional. Nessa área situa-se o monte Binga, o ponto mais alto e uma das maiores atracções de Moçambique. A área de Chimanimani é considerada singular em vários aspectos e poderá ser uma das maiores atracções turísticas da região, uma vez que dispõe de um ecossistema intacto com rica biodiversidade, paisagens esteticamente salientes, riquezas arqueológicas, entre outras. Para a concretização da iniciativa da Área de Conservação de Chimanimani está em processo de
criação uma reserva nacional, a ser denominada por Ndakaedo - "nossa riqueza" na língua local - cuja gestão se baseará numa participação
comunitária activa. Neste âmbito, as comunidades locais deverão beneficiar do reforço da capacidade na gestão dos recursos naturais, dos seus
rendimentos, bem como de iniciativas de criação de emprego e desenvolvimento rural sustentável. (Notícias, 09/06/01) Após seis meses: Moçambique levanta hoje o banimento à importação de animais e de produtos de origem animal provenientes da Suazilândia e da África do Sul, com excepção da província do Kwazulu-Natal, que não podiam entrar no país devido à ocorrência da febre aftosa naqueles dois países. O levantamento acontece seis meses depois de se ter ordenado a interdição da entrada daqueles produtos e surge porque o controlo do surto de febre aftosa naqueles países atingiu níveis aceitáveis. Com efeito, a Direcção Nacional de Pecuária determinou que a importação de animais e produtos de origem animal, quando realizada por operadores comerciais, só será permitida desde que os mesmos sejam possuidores da licença de importação passada pela autoridade veterinária e venham acompanhados do respectivo certificado sanitário, emitido no país de origem. A febre aftosa caracteriza-se pela sua contagiosidade, afectando sobretudo os ungulados domésticos e selvagens, podendo ser detectada
através de febres no animal e do aparecimento de vesículas na língua, na tábua dentária, lábios, banda coronária e espaço
interdigital, que evoluem para úlceras. (Notícias, 09/06/01) Notícias de ontem (08 de Junho): Montepuez: Réus recorrem ao Tribunal Supremo |