Chissano lança Reforma do Sector Público O Presidente da República lançou ontem a "Estratégia da Reforma do Sector Público", que visa desburocratizar, operacionalizar e modernizar o aparelho de Estado. Chissano anunciou o lançamento desta estratégia num comício popular alusivo às celebrações do 26º aniversário de independência nacional, que ontem se assinalaram no país, e que teve lugar no Bairro de Bagamoyo em Maputo. Apesar das profundas mudanças operadas desde a Independência para ajustar o sector público à evolução e às alterações no modelo sócio-económico do país, o sector ainda opera, "de um modo geral, com níveis baixos de eficiência e efectividade, assim como com uma reduzida qualidade dos serviços prestados aos cidadãos", disse Chissano. Uma reforma global, integrada e participativa seria a única maneira de resolver os problemas que enfermam o sector. No seu discurso o Presidente falou da corrupção no sector público, dando exemplos concretos, conhecidos por todos, mas raramente
reconhecidos nos discursos políticos. A reforma foi apresentada por Chissano como o remédio para esse mal, que destabiliza as instituições, esvazia a
confiança da sociedade no Estado, e atenta contra a própria unidade nacional. (Notícias, 26/06/01) Vítimas das cheias recebem alimentos enriquecidos Cerca de 1 300 toneladas de alimentos enriquecidos (mistura de cereais e soja) estão a ser distribuídas nas áreas afectadas pelas cheias de 2001 na zona centro do país. Os alimentos deverão beneficiar 66 mil pessoas, com particular incidência para as crianças. A iniciativa surge em virtude de um inquérito ter confirmado situações de má nutrição naquelas áreas, sendo que nalguns casos ela se manifesta de forma crónica. Com efeito, uma equipa de técnicos de nutrição está a treinar activistas em Mutarara, província de Tete, local que
servirá como um dos pontos de desdobramento de acções para as demais zonas. Os alimentos enriquecidos estão a ser distribuídos através do UNICEF
que conta com o apoio da Cruz Vermelha de Moçambique e a Visão Mundial. Neste momento estão a ser assistidas cerca de 235 mil pessoas afectadas pelas cheias.
(Notícias, 26/06/01) Agenda 2025: Formalizado Comité de Conselheiros Foi formalizado ontem, em Maputo, o Comité de Conselheiros da Agenda 2025, cujo objectivo é definir a visão e as estratégias de desenvolvimento do país para os próximos 25 anos. O comité é constituído por 14 individualidades que representam partidos políticos, confissões religiosas, empresários, académicos, artistas, tecnocratas, entre outros. São membros do aludido comité Alberto Igrejas, Álvaro Carmo Vaz, Amélia Zambeze, Sheik Amirudin Mohamad, Chico Francisco, Eduardo Bahúle, Eneas Comiche, Jorge Soeiro, Julieta Langa, Lourenço do Rosário, Máximo Dias, Prakash Ratilal, Tomás Muacanhia e D. Tomé Makhweliha. Estas personalidades são provenientes de vários pontos do país e as estratégias que elaborarem deverão ser
implementadas por qualquer Governo que vença as eleições. De referir que a ideia de se elaborar uma agenda de desenvolvimento estratégia nacional já foi
lançada em 1998 pelo Presidente Joaquim Chissano. (Notícias, 26/06/01) Niassa vai consumir energia de Cahora Bassa A província nortenha do Niassa vai passar a beneficiar da energia eléctrica proveniente da Hidroeléctrica de Cahora Bassa em 2004. Obras visando esse objectivo começam a ser executadas este ano, devendo ser concluídas entre finais de 2003 a 2004, segundo o governador da província, David Simango. O traçado da extensão da energia eléctrica começa em Gurué, na província da Zambézia, indo terminar na vila de Metangula, no Lago, a pouco mais de 100 quilómetros a norte da cidade de Lichinga. Presentemente, Niassa abastece-se de fontes alternativas votadas a vàrios constrangimentos. A própria capital provincial, Lichinga, tem se
debatido com fortes restrições no fornecimento de energia, devido à incapacidade do respectivo gerador. (AIM 25/06/01) Notícias de ontem (25 de Junho): Celebra-se hoje o 26º aniversário da Independência Nacional |